Contribuição ao estudo químico e farmacológico de Lacistema pubescens Mart. (Lacistemataceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Josiane Mello da lattes
Orientador(a): Fontes, Elita Scio lattes
Banca de defesa: Pizziolo, Virgínia Ramos lattes, Araújo, Marcelo Gonzaga de Freitas lattes, Fabri, Rodrigo Luiz lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4275
Resumo: A espécie arbórea e nativa Lacistema pubescens Mart. (Lacistemataceae) apresenta-se distribuída em vários estados brasileiros e é conhecida popularmente, conforme a região em que se encontra, como espeto-vermelho, canela-vermelha, sabonete e cafezinho. Esse trabalho descreve o estudo fitoquímico e as atividades citotóxicas frente a linhagens tumorais e não tumorais, leishmanicida e anti-inflamatória tópica da partição hexânica das folhas de L. pubescens. A partição em hexano (PHEX) foi submetida a um fracionamento cromatográfico e originou 17 frações (FH1 a FH17). Na avaliação da atividade citotóxica, as frações FH7, FH9, FH13 e FH16 foram as mais ativas para células tumorais. As frações FH7 e FH9F3 (obtida após fracionamento de FH9) tiveram o valor de CI50 determinado, sendo FH9F3 a fração que apresentou a maior resposta frente à linhagem HL60 e Jurkat. O fracionamento de PHEX foi também biomonitorado para a atividade leishmanicida. As frações obtidas da PHEX mais seletivas para as formas promastigotas foram FH7, FH9 e FH13. A PHEX e FH7 tiveram sua atividade antiamastigota determinada sobre L. amazonensis. Com relação à atividade anti-inflamatória observou-se que a PHEX, administrada topicamente, apresentou resultados significativos no modelo do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton, fenol, histamina, ácido araquidônico e etil fenil propionato (EPP), em camundongos. Estes resultados foram confirmados através de análises histopatológicas e ensaio enzimático. Uma formulação farmacêutica com PHEX (proPHEX) foi eficaz em processo inflamatório crônico. Além disso, PHEX apresentou segurança para administração por via tópica, uma vez que não apresentou toxidade no modelo de irritação/corrosão dérmica, em ratos. A PHEX também não apresentou os efeitos adversos, quando comparada à dexametasona, nos modelos de atrofia cutânea e cicatrização de feridas. A atividade anti-inflamatória pode ser atribuída, ao menos em parte, às frações FH7 e FH9F3, as quais foram testadas no modelo do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton e fenol. A fração FH7 é rica em fitol e FH9F3 é rica em sitosterol, as quais foram identificadas por métodos cromatográficos e espectrométricos.