Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Keulen, Henriqueta Vieira Van
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Orientador(a): |
Aguiar, Aline Silva de
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Banca de defesa: |
Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes
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Carvalho, Érika Simone Coelho
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Pereira Netto, Michele
,
Luquet, Sheila Cristina Potente Dutra
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17073
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Resumo: |
A insônia afeta a maioria das mulheres em tratamento do câncer de mama (CM) e tem sido amplamente associada à depressão, dor, cansaço e fadiga. Acredita-se que intervenções nutricionais específicas podem modular positivamente e melhorar as variáveis do sono, auxiliando no tratamento e qualidade de vida. O estudo analisou o efeito de uma intervenção nutricional rica em triptofano na qualidade do sono em mulheres em tratamento do CM. Participaram 50 mulheres em tratamento do CM, maiores de 18 anos de idade, selecionadas nos centros de tratamento da rede pública e privada de Juiz de Fora – MG. As participantes foram divididas em dois grupos: Grupo Dieta do Sono (GDS), que recebeu um plano alimentar facilitador do sono e Grupo Controle (GC) que recebeu um plano alimentar construído com base nos dados de hábitos alimentares, porcionamentos e horários de refeições. O sono foi monitorado com o relógio Mi Smartwatch Band 4C®. Na comparação entre grupos, observouse maior tempo de sono total a favor de GDS nas semanas quatro e cinco da intervenção (GDS=474,88 min.; GC=446,81 min.; p=0,007; GDS=467,32 min.; GC=439,50 min.; p=0,010). GDS apresentou maior tempo de sono leve em relação a GC na quarta e na quinta semanas (GDS=320,20 min.; GC=293,06 min.; p=0,003; GDS=322,38 min.; GC=287,16 min.; p=0,001. GDS apresentou menor tempo acordado que GC na quarta semana (GDS=12,99 min.; GC=48,64 min.; p=0,035). Na comparação intragrupos foi identificada diferença significativa (p = 0,011) no tempo acordado do pré (10,53 min.) para o pós-intervenção (5,94 min.) para GDS. Na comparação da quantidade de triptofano no plano alimentar de um dia, proposto para GDS, observou-se aumento estatisticamente significativo (p=0,001) do momento pré (2035,04 mg/dia) para o pós-intervenção (4036,55 mg/dia). A mesma condição foi observada no plano alimentar de GC (pré=1063,78 mg/dia; pós=1499,94 mg/dia; p=0,015), sendo que a quantidade de triptofano nos alimentos deste grupo não se equiparou à quantidade mínima de GDS. Os resultados encontrados parecem demonstrar melhora na qualidade do sono com a dieta facilitadora do sono, o que pode permitir melhora da qualidade de vida e maior suporte para o tratamento do câncer. Demonstrou-se uma estratégia que permite investir em prescrições de alimentos de fácil acesso que favorecem o aumento do consumo de triptofano, considerando a possibilidade de aplicabilidade em populações em estado de vulnerabilidade, como no tratamento do CM. |