A vivência de mulheres em cursos superiores majoritariamente cursados por homens na Universidade Federal de Juiz de Fora
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Administração
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Departamento: |
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00003 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15780 |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo descobrir como é a vivência de mulheres em cursos de nível superior majoritariamente cursados por homens, cujas profissões são socialmente vistas, simbolicamente, como masculinas na Universidade Federal de Juiz de Fora. Primeiro, foi definido o que seria considerado um curso majoritário masculino, sendo estabelecido que são aqueles que apresentam 70% ou mais de homens - fazendo esta análise 13 cursos se caracterizam como majoritário masculino: Física; Engenharia Elétrica/Habilitação em Robótica e Automação Industrial; Engenharia Computacional; Engenharia Elétrica/Habilitação em Sistemas Eletrônicos; Engenharia Elétrica/Habilitação em Telecomunicações; Ciências Exatas; Engenharia Elétrica/Habilitação em Energia; Música Composição; Estatística; Engenharia Mecânica; Música Violão; Ciências da Computação; e Sistemas de Informação. Em razão do grande número de cursos e da limitação de tempo da realização da pesquisa, foi feito um recorte com foco nas engenharias, analisando os cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Computacional e Engenharia Mecânica. Sendo assim, foi composto o grupo de entrevistadas por 18 estudantes desses cursos. Nas entrevistas foi possível identificar que a vivência dessas alunas perpassa por diversas barreiras como: a falta de representatividade, a discriminação de gênero, o assédio, o cerceamento das suas vozes e corpo. Sendo assim, essas alunas buscam criar formas, táticas, para sobreviverem a este ambiente majoritário masculino, como ignorar situações e comentários desrespeitosos, moldar seu jeito de ser, falar, vestir, se agrupar com outras mulheres. Dessa forma, foi possível concluir que a vivência das mulheres nos cursos majoritários masculinos da UFJF são dificultadas por conta do seu gênero, não sendo valorizadas, reconhecidas e ouvidas, além de passarem por diversas discriminações de gênero. Sendo assim, é de extrema importância, que sejam criadas medidas de apoio, segurança e escuta para que essas barreiras e desafios sejam superados. |