Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Wanessa Aparecida Ferreira
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Orientador(a): |
Sigiliano, Natália Sathler
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Banca de defesa: |
Miranda, Maíra Avelar
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Vieira, Daniela da Silva
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16840
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Resumo: |
Este trabalho, desenvolvido no âmbito do Profletras, da Universidade Federal de Juiz de Fora, em uma turma do 7º ano do ensino fundamental, tem como objetivo abordar, sob o procedimento da pesquisa-ação (Thiollent, 2011[1968]), a negação no português como estratégia de persuasão em publicidades, tendo em vista suas múltiplas formas de manifestação. Para alcançar esse objetivo, foi realizada uma ação didática pautada em referencial bibliográfico sobre o tema da negação em português, o qual, junto ao procedimento da sequência didática (Dolz; Schneuwly, 2004), lançou luzes ao caminho de criação de atividades e aulas. Considerando a perspectiva sociointeracionista da linguagem (Koch; Elias, 2006) e pesquisas linguísticas, principalmente de base funcional e sociocognitiva (como de Ilari (2007), Furtado da Cunha (2001), Roncarati (2000), Santos e Avelar (2015), dentre outras), as ações didáticas empreendidas tomaram como base a ideia de que o gênero propaganda seria propício para abordagem da negação como uma estratégia persuasiva, e as ações de pesquisa hipotetizavam que o ensino da negação em contextos de uso real - especialmente em gênero em que a negação se mostra proeminente - seria positivo para o aprendizado dos estudantes, atrelado ao uso real da língua (Sigiliano, 2021). Para tanto, a partir de pesquisa diagnóstica dos conhecimentos dos estudantes quanto ao assunto, foi criado material autoral, sob a perspectiva da análise linguística (Geraldi, 1984; Mendonça, 2007; Costa-Hubes; Pereira, 2022), abordando o tratamento diferenciado da negação em sala de aula, levando os alunos a analisarem, identificarem e usarem as diversas formas de negação, sejam de natureza linguística ou de outras semioses, por meio do incentivo ao reconhecimento de sua funcionalidade persuasiva em textos publicitários. Nesse contexto, a análise de elementos da língua e das linguagens que são prototípicos do gênero (Sigiliano, 2021; Corrêa, Sigiliano, 2023) ou que colaboram para os seus efeitos de sentido foi incentivada, de forma a guiar os alunos ao reconhecimento quanto à importância da língua para a construção de sentidos. Através das atividades iniciais, notou-se que os alunos reconheciam a negação apenas através do advérbio “não” e não possuíam a percepção da negação como uma estratégia persuasiva em textos publicitários. Após o desenvolvimento da ação didática em sala de aula, com atividades de leitura, produção de textos, análise conjunta de vídeos e realização de jogo, registramos, através da análise das atividades finais (atividade de leitura e produção de vídeos para a campanha de manutenção e devolução do LD), houve um avanço considerável no reconhecimento e no uso dos alunos da variedade nas formas de negar do português brasileiro, seja linguística ou semioticamente (Santos e Avelar, 2020; Ilari, 2007). |