O papel da dieta hiperlipídica na proteção contra a malária cerebral experimental
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00136 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16302 |
Resumo: | É bem estabelecido que mudanças na dieta podem ter um impacto significativo no sistema imunológico, e que modificações no balanço lipídico podem contribuir para a progressão de diversos tipos de doenças. A malária é uma preocupação global e o desenvolvimento da doença já foi relacionado com o estado nutricional do hospedeiro. Portanto, se torna crucial compreender como fatores ambientais, nesse caso, o consumo alimentar, pode influenciar na infecção por parasitas causadores da malária. Com esse objetivo, camundongos machos da linhagem C57Bl/6 foram alimentados por dieta hiperlipídica, com 60% das calorias advindas de lipídeos, por doze semanas ou cinco dias. Após esse período, os animais foram infectados por Plasmodium berghei ANKA ou NK65 e a parasitemia, sobrevivência e sintomas neurológicos foram acompanhados. Considerando que uma das primeiras vias de eliminação do parasita é o estresse oxidativo, foi utilizado um antioxidante, o N-Acetil- Cisteína (NAC) em associação à dieta hiperlipídica, para avaliar se o mesmo efeito na infecção seria observado. Diferente dos animais do grupo controle, que morreram após aproximadamente 8 dias de infecção e 7% de hemácias parasitadas, o grupo alimentado por dieta hiperlipídica, a longo e curto prazo, mesmo tratado com antioxidante, foi resistente a infecção, sem apresentar aumento da parasitemia nem sinais clínicos da doença. Além disso, foi observado aumento das principais citocinas pró inflamatórias como TNF-α, IFN-γ e IL-6 no baço dos animais infectados, independente da dieta. Concluímos, portanto, que a administração de dieta hiperlipídica a curto e longo prazo é capaz de prevenir completamente a infecção por Plasmodium berghei ANKA e que o tratamento com antioxidante não foi capaz de reverter essa proteção. |