Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Libério, Chrigor Augusto
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Orientador(a): |
Jesus, Ronaldo Pereira de
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Banca de defesa: |
Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro
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Rocha, Cristiana Costa da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16975
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Resumo: |
Em busca de registrar as estratégias de sobrevivência da população negra com o fim do cativeiro, o presente trabalho se atentou a explorar as experiências na cidade, no campo, do trabalho e da disciplina relegadas às populações negras no pós-abolição do Piauí. Tendo em vista as políticas de finalização da escravidão, buscamos entender quais os impactos das políticas de pedagogia do trabalho construídas pelo Estado para a população negra no pós-abolição. Com esse questionamento, a pesquisa delineou-se no sentido de compreender as práticas de trabalho desenvolvidas pela população negra em consonância com as práticas de subordinação do Estado. Exploramos os centros agrícolas erigidos no período imperial e sua continuidade na República, assim como as práticas de disciplinamento impostas à população com Códigos de Postura do Estado e outras formas de educação ao trabalho. Para tal, utilizamos como corpus documental o Livro de Detidos de Teresina (1900-1926), o Rol de Culpados do Piauí (1889-1919), os Códigos de Postura das cidades do Piauí e as leis que construíram os centros agrícolas, a fim de compreendermos os aparatos de subordinação do Estado. Na busca em localizar a população, e perfazendo uma análise demográfica a partir das fontes, objetivamos problematizar os espaços de trabalho ocupados pela população negra no pós-abolição, assim como observar as práticas que indicam sua busca de autonomia com o fim da escravidão. Ademais, foi possível observarmos a constante mobilização do Estado em construir um espaço de trabalho para a população negra, imobilizando-a no campo e no trabalho subordinado. Inspirados nas análises de Clóvis Moura, nomeamos tal movimentação como imobilismo social contra o negro no mercado de trabalho. Observamos também práticas de subversão à norma pela população negra, que aderiu à agricultura familiar como forma de resistência à opressão na terra. |