Prevalência e fatores associados às quedas em idosos de uma instituição de longa permanência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Montenário, Jamili Vargas Conte lattes
Orientador(a): Bara, Vânia Maria Freitas lattes
Banca de defesa: Sousa, Ana Inês lattes, Leite, Isabel Cristina Gonçalves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7808
Resumo: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa realizado em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos do município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Apresenta como objetivos: analisar a prevalência de quedas; descrever o perfil sócio demográfico dos idosos e analisar as associações entre as variáveis independentes relacionadas às quedas. A coleta dos dados aconteceu no período de 28 de dezembro de 2017 a 15 de fevereiro de 2018. Utilizado questionário elaborado a partir das variáveis apontadas como risco para queda conforme o Protocolo de Quedas do Ministério da Saúde e aplicação da escala de quedas, validada no país, Morse Fall Scale –MRS. Participaram da pesquisa 48 idosos, 43,8% do sexo feminino e 56,2% do sexo masculino, com média de idade de 76,2 anos (DP=7,2). Foi elaborado um banco de dados por meio do Software Statistic Package Social Survey (SPSS), versão 15.0. Realizou-se análise descritiva em que foram observadas as frequências absolutas e relativas das variáveis, bem como a média e o desvio padrão. Para a análise bivariada realizou-se o cálculo da razão de prevalência (RP) com a utilização do teste qui-quadrado (intervalo de confiança de 95%). Efetuada análise múltipla pela Regressão de Poisson, sendo incluídas todas as variáveis que apresentaram associações com p-valor < 0,20. Os resultados evidenciaram que a prevalência geral de quedas foi de 39,6%; 54,2% apresentaram risco de moderado a alto risco para quedas. Estiveram associadas à ocorrência das quedas no último ano as variáveis: tontura (RP=8,306; p=0,002), síncope (RP=6,231; p=0,045), dor intensa (RP= 4,320; p=0,025), incontinência ou urgência miccional (RP= 4,815; p=0,018), osteoporose (RP= 5,769; p=0,033), classificação da visão (RP=4,582; p=0,015), depressão (RP=5,271; p=0,013) e a ansiedade (RP=5,333 p=0,013). Na análise multivariada a depressão (RP = 14,755, IC95% 2,543-85,621; p=0,003) e a síncope (RP = 8,055; IC95% = 1,011-64,144; p=0,049) mantiveram-se associadas independente do sexo e da idade. Concluiu-se que os resultados alcançados neste estudo se aproximam ao que é descrito na literatura e reforçam a necessidade de um gerenciamento contínuo do cuidado geriátrico e gerontológico no que tange a avaliação do risco e a prevenção das quedas entre os idosos institucionalizados.