Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Michele Alice da
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Orientador(a): |
Rodrigues, Angélica Cosenza
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Banca de defesa: |
Pinto, Vicente Paulo dos Santos
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Campos, Marília Lopes de
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Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6962
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Resumo: |
A monocultura de eucalipto surge como alternativa para suprir a crescente demanda por produtos de origem florestal. Com um cultivo de crescimento rápido, grande capacidade de adaptação às diversas condições de clima e solo, e significativo potencial de aproveitamento, rapidamente tal prática conquistou espaço no mercado. Entretanto, devido aos possíveis impactos ambientais e processos conflitivos que a mesma tem ocasionado, como a destruição acelerada dos ecossistemas e a desterritorialização de sujeitos, as monoculturas de eucalipto se tornaram uma ameaça aos recursos naturais e aos povos do campo. Diante deste contexto de desigualdades socioambientais, o objetivo desta pesquisa é compreender sentidos de educadores/as sobre problemas/conflitos/injustiças ambientais decorrentes da monocultura de eucalipto no município de Lima Duarte-MG, e suas implicações à educação. Para compreensão da problemática ambiental propõem-se um diálogo entre a Educação Ambiental e a Educação do Campo, com base em uma reflexão sobre o modelo hegemônico capitalista, que é responsável por inúmeros processos de injustiças ambientais. A fim de apreender os sentidos sobre a problemática ambiental, utiliza-se a Análise Crítica do Discurso como referencial teórico e metodológico de pesquisa. Os discursos dos educadores/as entrevistados/as evidenciaram a monocultura como um problema ambiental local, identificando processos de desigualdades socioambientais decorrentes da prática. Houve um predomínio das perspectivas ambientais conservacionista e pragmática, que pode estar relacionado com discursos hegemônicos que circulam na mídia e no poder público, como os do agronegócio. Marcas de hibridização discursiva acerca de processos riscos/danos/injustiças socioambientais, com invisibilização de processos de injustiças e de enfrentamentos locais foram identificadas. Ao direcionarem o olhar para o currículo e suas práticas educativas os discursos dos/as educadores/as elucidaram um distanciamento do contexto local, com invisibilização dos processos de problemas/conflitos/ injustiças ambientais locais, e as tensões existentes na produção e reprodução de outras pedagogias frente às pedagogias hegemônicas. Assim, a pesquisa permitiu compreender como as injustiças ambientais locais vêm sendo pensadas e problematizadas na escola, bem como o papel de sujeitos e coletivos no reconhecimento e enfrentamento das mesmas. |