Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Costa, Luana Beliago de Azevedo
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Orientador(a): |
Leite, Isabel Cristina Gonçalves
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Banca de defesa: |
Caetano, Roberta Mansur
,
Elias, Gracieli Prado
,
Silva, Silvia Lanziotti Azevedo da
,
Paula, Janice Simpson de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16312
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Resumo: |
A autopercepção de saúde bucal é um indicador subjetivo que se refere à interpretação que o indivíduo faz sobre suas condições de saúde oral, estando relacionada com o seu bemestar social, funcional, psicológico e, consequentemente, com a sua qualidade de vida. Além disso, está ligada ao nível de conhecimento em saúde bucal que o indivíduo possui e o motiva a buscar acesso aos serviços quando reconhece a sua necessidade. Sendo assim, a autopercepção de saúde bucal é influenciada pelos determinantes sociais de saúde, estando associada a fatores socioeconômicos, culturais e demográficos, ligados ao contexto ao qual o indivíduo pertence, além de suas características subjetivas e individuais. Alguns estudos foram realizados com o intuito de explorar esse indicador subjetivo, porém, são escassos no que se refere à população universitária, que possui características específicas relacionadas ao contexto em que vivem nesta etapa da vida, tendo a saúde bucal significativa importância para o bem-estar desses indivíduos. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo analisar a autopercepção de saúde bucal de universitários da Universidade Federal de Juiz de Fora e identificar os fatores associados. Foi realizado um estudo transversal por censo com alunos, de 17 a 24 anos, matriculados nos cursos de graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora em 2021. Foram utilizados dados coletados por meio de um questionário online contendo informações acerca dos fatores socioeconômicos e demográficos dos alunos e fatores relacionados à saúde bucal. Os dados foram processados através do software SPSS versão 20.0. Investigou-se a associação da variável dependente, autopercepção de saúde bucal, com as variáveis independentes por meio de análises bivariadas e regressão logística binária, estimando-se as odds ratio (OR) brutas e ajustadas, sendo adotado intervalo de confiança de 95%. No modelo múltiplo, foram incluídas as variáveis com valor de p≤0,05, permanecendo no modelo final as variáveis com valor de p<0,05. A prevalência de autopercepção de saúde bucal negativa foi de 14,1% (IC95% 12,2- 16,0). Foram associados à autopercepção de saúde bucal negativa as variáveis: estado civil solteiro (OR=0,34; IC95% 0,12-0,98), renda familiar mensal de até 3 salários mínimos (OR=2,02; IC95% 1,32-3,09), não uso regular de serviços odontológicos (OR=2,29; IC95% 1,48-3,53), insatisfação com o último atendimento (OR=1,97; IC95% 1,23-3,16), medo de tratamento odontológico (OR=1,56; IC95% 1,06-2,29), insatisfação com a aparência dos dentes e da boca (OR=5,27; IC95% 3,37-8,22) e necessidade percebida de tratamento odontológico (OR=6,94; IC95% 3,14-15,33). Conclui-se que os jovens universitários possuem, majoritariamente, uma autopercepção de saúde bucal positiva. Porém, fatores relacionados ao perfil socioeconômico, ao acesso aos serviços de saúde bucal e a satisfação com a aparência dos dentes e da boca demonstraram aumentar a probabilidade de autopercepção negativa de saúde bucal. Contudo, reforça a necessidade de buscar estratégias para aumentar e viabilizar o acesso e o uso regular desses serviços incluindo essa abordagem, por exemplo, junto a política nacional de assistência estudantil (Pnaes) e outras políticas de saúde integral do estudante. |