The use of ciliated microeukaryotes and zooplankton in ecotoxicological studies: a look into the future

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vilas Boas, Jéssica Andrade lattes
Orientador(a): Dias, Roberto Júnio Pedroso lattes
Banca de defesa: Bozelli, Reinaldo Luiz lattes, Amado, André Megali lattes, Velho, Luiz Felipe Machado lattes, Fonseca, Ana Lúcia lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00008
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12509
Resumo: Os ecossistemas aquáticos vêm sendo afetados por diferentes atividades humanas (e.g., urbanização, atividades industriais e agrícolas) e, portanto, alterando a qualidade da água, os processos e as funções exercidas por esses ambientes. A avaliação da qualidade da água por meio de estudos ecotoxicológicos tem se tornado uma ferramenta eficaz para o entendimento dos efeitos dos poluentes nas comunidades biológicas, permitindo a mensuração dos efeitos antrópicos nos sistemas aquáticos. O uso de microeucariotos ciliados como bioindicadores tem sido apontado como um grande potencial para avaliação da qualidade da água, entretanto, esses organismos ainda são negligenciados no campo da ecotoxicologia sendo necessário ampliar os estudos com esses organismos. Além disso, o efeito de interação entre mais de um estressor ambiental (e.g., contaminantes químico, temperatura) também precisa ser mais estudado devido à complexidade do funcionamento dos ecossistemas aquáticos. No presente estudo, foi demonstrado por meio de três capítulos que os microeucariotos ciliados podem ser incluídos nos estudos ecotoxicológicos desde que sejam expandidos os estudos ecotoxicológicos clássicos onde é possível desenvolver métodos padronizados e aprofundar os conhecimentos. Além disso, um quarto capítulo mostrou que a interação entre mais de um estressor ambiental poderia contribuir para o declínio da biodiversidade e, mesmo, pesquisas futuras devem ser dedicadas a avaliar as diferentes interações nos ecossistemas aquáticos mediterrâneos. (Capítulo 1) Por meio de uma mini revisão, discutiu-se um breve histórico, o cenário atual e apontou-se as lacunas de suas abordagens metodológicas dos estudos ecotoxicológicos com ciliados. (Capítulo 2) Realizando uma meta-análise, avaliou-se os dados de toxicidade disponíveis de metais pesados e ciliados. Os resultados mostraram que a tolerância dos ciliados aos metais pesados varia notavelmente sendo parcialmente influenciada por diferenças nas condições metodológicas entre os estudos. Além disso, a maioria dos ciliados é mais tolerante à poluição por metais pesados do que as espécies de teste padrão usadas em avaliações de risco ecotoxicológico, ou seja, Raphidocelis subcapitata, Daphnia magna e Onchornyncus mykiss. Finalmente, este estudo destacou a importância do desenvolvimento de protocolos de teste de toxicidade padrão para ciliados, o que poderia levar a uma melhor compreensão do impacto toxicológico de metais pesados e outros contaminantes em espécies de ciliados. (Capítulo 3) Por meio de testes ecotoxicológicos, este estudo demonstrou a tolerância do Paramecium caudatum à cafeína. Os resultados demostraram que esta espécie apresenta maior resistência no ambiente. Ainda, observamos um risco moderado para P. caudatum em relação às concentrações ambientais máximas de cafeína na água doce superficial, sendo que a distribuição global da cafeína e a probabilidade de aumentar as concentrações ambientais destacam a necessidade de mais estudos para melhor compreender a cafeína em ecossistemas aquáticos e os associados riscos. (Capítulo 4) Finalmente, por meio de um experimento de microcosmo interno, foi demonstrado que a temperatura pode influenciar os efeitos diretos e indiretos da salinidade e dos pesticidas nas comunidades zooplanctônicas nas terras úmidas costeiras do Mediterrâneo, e destaca táxons vulneráveis e respostas ecológicas que devem dominar sob futuros cenários de mudança global.