Por entre as camadas do tempo, lembrar e esquecer em um arquivo de educação: o arquivo da Secretaria de Educação de Juiz de Fora 1938-1996

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mendes, Elisângela Esteves lattes
Orientador(a): Miranda, Sonia Regina lattes
Banca de defesa: Cunha Junior, Fernando Ferreira da lattes, Pereira, Júnia Sales
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14742
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo investigar e analisar a constituição do acervo que compõe o arquivo da Secretaria de Educação de Juiz de Fora através de suas vozes e silêncios, presenças e ausências, durante o período de 1938 a 1996. Para esta análise teremos como baliza histórica os recortes temporais que dizem respeito a conjunturas nacionais vinculadas às políticas públicas de educação e as gestões municipais, geradoras das políticas locais responsáveis pela formatação da educação na cidade e pela formatação próprio do arquivo que lhe é fruto. Tendo como referência autores da Cultura Escolar utilizamos principalmente Dominique Julia e Antonio Viñao e autores brasileiros que seguem estes mesmos pressupostos como Diana Vidal, Luciano Mendes de Faria Filho e Ana Cristina Mignot. Dos autores que discutem a memória no Brasil, trazemos sobretudo aqueles que dialogam com o campo da museologia como Mário Chagas e Ulpiano Bezerra de Menezes. Ainda dentro da discussão sobre memória, buscamos apoio teórico em Pierre Nora, Jacques Le Goff e M. Pollack. Sobre a questão da memória nos arquivos públicos apresentamos as discussões dentro do campo da arquivologia suscitadas por José Maria Jardim. A dissertação se propõe uma reflexão sobre a questão da construção desta memória no espaço educacional e sua ausência de fontes devido ao alto grau de destruição em arquivos e objetos escolares, testemunhas do cotidiano e das práticas diárias. Buscando cartografar as caixas-arquivo de quase sessenta anos de história da educação municipal, a dissertação procura compreender as operações de memória e seus vínculos com o poder constituído, nas decisões sobre o que guardar e o que eliminar em um arquivo de órgão gestor de educação. Da mesma forma, através de um mapeamento deste arquivo, o presente trabalho busca localizar os sujeitos em diálogo com a Secretaria de Educação ao longo das gestões municipais, bem como questionar os sujeitos ausentes neste mesmo diálogo.