Crença de auto eficácia e ansiedade em atletas de voleibol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nogueira, Francine Caetano de Andrade lattes
Orientador(a): Lourenço, Lelio Moura lattes
Banca de defesa: Ferreira, Maria Elisa Caputo lattes, Werneck, Francisco Zacaron lattes, Pereira, Maria Beatriz Ferreira Leite de Oliveira lattes, Lopes, Rodrigo Teixeira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1711
Resumo: A presente tese buscou uma caracterização psicológica de atletas de voleibol em relação à auto eficácia e ansiedade pré-competitiva ao longo de uma temporada competitiva. Além disso, foi testada a teoria da zona individual de desempenho ideal (IZOF) para estas variáveis, na perspectiva multidimensional, a fim de estabelecer um perfil ideal que otimize o rendimento para cada atleta. Participaram do estudo 32 atletas do sexo masculino integrantes de uma equipe de voleibol de alto rendimento em dois níveis distintos: 14 são profissionais que disputaram a primeira divisão nacional da modalidade (Superliga) e 18 pertencem à categoria de base infanto-juvenil da mesma equipe. A Escala de Auto eficácia Individual para o Voleibol e o Questionário de Ansiedade Competitiva no Esporte versão reduzida foram respondidos pelos jogadores antes de todas as partidas disputadas pelas equipes na temporada 2014/2015. Ao final de cada jogo, o rendimento dos atletas profissionais foi obtido através do programa Data Volley, cedido pela comissão técnica. Para todas as análises dos dados utilizou-se o software SPSS versão 20.0, adotando-se o nível de significância de 5%. Através dos principais resultados, pode-se concluir que os atletas de voleibol apresentaram, no geral, um perfil de baixos níveis de ansiedade cognitiva e somática e altos níveis de autoconfiança e auto eficácia. Entretanto, diferentes campeonatos podem influenciar estes níveis. Além disso, os escores de ansiedade somática merecem a atenção dos profissionais envolvidos com a equipe infanto-juvenil, pois foi a única variável que apresentou maiores valores nas partidas em que a equipe foi derrotada, mostrando, portanto, haver uma relação com o desempenho para esta amostra. Além disso, cada posição do voleibol apresentou um perfil de auto eficácia e ansiedade, ressaltando que os levantadores apresentaram os menores níveis de autoconfiança, fato que pode ser negativo para o seu rendimento. Níveis baixos de ansiedade cognitiva e somática foram relacionados à vitória da equipe profissional, e somente a ansiedade cognitiva sofreu influência do local da partida, apresentando níveis mais baixos quando os jogos ocorreram em casa. A auto eficácia, autoconfiança e ansiedade somática foram as variáveis influenciadas pelo nível dos adversários. A principal novidade trazida por esta pesquisa constitui-se na aplicação da teoria da IZOF para atletas profissionais de voleibol na perspectiva multidimensional da ansiedade e a possibilidade de ampliação da teoria para o constructo da auto eficácia na tentativa de predizer o rendimento dos atletas de voleibol a partir desta variável. Estes resultados facilitam a intervenção dos psicólogos do esporte, já que o estabelecimento das zonas ótimas de desempenho individual indica, de forma objetiva, qual ou quais as variáveis necessitam de um tratamento específico para aumentar a capacidade do atleta em regular suas emoções.