Posicionamentos e categorizações: mecanismos retóricos para apresentação/sustentação de pontos de vista em situações de conflito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Divan, Líllian Márcia Ferreira lattes
Orientador(a): Silveira, Sonia Bittencourt lattes
Banca de defesa: Rocha, Luiz Fernando Matos lattes, Gago, Paulo Cortes lattes, Oliveira, Maria do Carmo Leite de lattes, Ladeira, Wânia Terezinha lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4640
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar os mecanismos retóricos utilizados pelos participantes de uma situação de conflito em um contexto institucional para negociar pontos de vista e para atribuir/se eximir da responsabilidade em relação ao evento problemático. Dentro de uma perspectiva interacional em Lingüística (COUPER-KULEN & SELTING, 2001), tomei como base para a análise a Teoria do Posicionamento (LANGENHOVE & HARRÉ, 1999) e a Análise de Categoria de Membros (SACKS, 1972) e utilizei como corpus audiências de conciliação realizadas no PROCON, órgão de defesa do consumidor. Procurei identificar, em primeiro lugar, como o consumidor é posicionado no Código de defesa do Consumidor (CDC) para, então, analisar se as posições disponibilizadas pelo CDC orientaram as ações dos participantes e de que forma os processos de posicionamento e de categorização contribuíram para o gerenciamento dos pontos de vista divergentes e para a atribuição de responsabilidade. A análise demonstrou que os participantes se orientaram para as posições disponibilizadas pelo CDC e realizaram seus posicionamentos projetando imagens de si que funcionaram como ferramenta retórica para legitimar o seu ponto de vista e minar o ponto de vista do outro, atribuindo responsabilidade ao outro e se eximindo da responsabilidade lançada sobre eles próprios. Os processos de categorização também funcionaram como ferramenta retórica para o processo de argumentação, pois suas escolhas categoriais foram baseadas naquilo que eles desejavam comunicar para defender seus argumentos e recusar os argumentos do outro.