Avaliação da atividade anti-inflamatória do omega-3 rico em dha contra o desenvolvimento de malaria cerebral em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carpinter, Bárbara Albuquerque lattes
Orientador(a): Scopel, Kézia Katiani Gorza lattes
Banca de defesa: Abramo, Clarice lattes, Hottz, Eugênio Damaceno lattes, Carvalho, Leonardo José de Moura lattes, Maioli, Tatiani Uceli lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
DHA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00018
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16576
Resumo: Há décadas esforços têm sido centrados para a eliminação da malária em todo o mundo. Apesar disso, esta ainda é uma doença que ameaça diversas populações em regiões tropicais e subtropicais, levando anualmente ao óbito milhares de crianças com menos de 5 anos. Uma vez não seja tratada adequadamente, o agravamento da malária pode levar ao desenvolvimento de síndromes como a malária cerebral (MC), principal responsável pelas mortes e causadora de diversas sequelas, especialmente a nível cognitivo nos pacientes que sobrevivem. Desse modo, faz-se necessário o uso de terapias que visem diminuir o índice de mortalidade/morbidade ocasionado pela MC. Atualmente, ainda não existem terapias adjuvantes específicas e recomendadas para auxiliar no tratamento da MC, mas vários estudos vêm mostrando que compostos com atividade anti-inflamatória pode amenizar os danos. Moléculas de ômega-3 têm propriedades anti-inflamatórias e são fundamentais na formação do sistema nervoso, auxiliando na proteção de células do tecido nervoso. Sabendo das suas propriedades anti-inflamatórias e da necessidade de uma terapia adjuvante que possa evitar o desenvolvimento ou auxiliar no tratamento da MC, neste estudo tivemos o objetivo de avaliar o efeito do ômega-3 (rico em DHA) na proteção contra o desenvolvimento de MC em modelo murino. Para tal, camundongos C57BL/6 foram tratados previamente com 1,5, 3,0 e 6,0 g/kg de DHA, e, após 15 dias, foi realizada a infecção com P. berghei ANKA. Foi possível observar que os animais tratados tiveram maiores porcentagens de sobrevivência de acordo com o aumento da dose utilizada. Entretanto, não houve efeito do tratamento sobre a parasitemia sanguínea dos mesmos. Do mesmo modo, de forma dose-dependente, houve uma diminuição nos danos causados na barreira hematoencefálica dos animais tratados com as maiores doses de ômega-3. Além disso, níveis de IL-10 e NO foram elevados nos animais sobreviventes a MC, e não foram observados nestes animais danos histopatológicos no cérebro. Assim, observamos que o DHA contido no óleo de peixe apresenta um efeito promissor contra o desenvolvimento de MC quando usado profilaticamente.