Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Magaldi, Carolina Alves
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Orientador(a): |
Carrizo, Silvina Liliana
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Banca de defesa: |
Otte, Georg
,
Cardoso, Marilia Rothier
,
Sérgio Ferreira, Rogério de Souza
,
Oliveira, Maria Clara Castellões de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1043
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Resumo: |
A Kalevala finlandesa e o Popol Vuh guatemalteco têm inúmeras e surpreendentes similaridades, bem como uma quantia equiparável de diferenças marcantes. Algumas questões, entretanto, ressaem sobre as outras: suas origens orais, transpostas para o universo escrito em momentos de crise; suas numerosas retraduções e os extensos prefácios, posfácios e introduções escritos por teóricos-tradutores especialistas nas obras, contendo informações sobre o texto-fonte e seu contexto, a respeito do processo de tradução, além de dados sobre os povos e territórios nos quais as narrativas se originaram. Tais paratextos se constituem como ―zonas de transação‖ (GENETTE, 2009), nos quais as negociações de sentido entre tradutores anteriores, versões atuais, editoras e universidades se tornam visíveis em meio ao fazer tradutório, movimentando as obras em seus polissistemas literários e culturais. O ingresso brasileiro neste processo é recente, com a tradução de Sérgio Medeiros para o Popol Vuh (Iluminuras, 2007) e de José Bizerril e Álvaro Faleiros para a Kalevala (Ateliê Editorial, 2009). Nessas edições brasileiras, os temas mais recorrentes nas versões internacionais também se fazem presentes, com destaque para a história e a tradução, saberes esses voltados ao passado, os quais contribuem sobremaneira para a construção do imaginário espacial. Detalhamos, portanto, as obras e seus paratextos para que possamos nos dedicar ao estudo da história e da tradução a partir dos eixos temporal e espacial, optando, sempre que possível, por contemplar teóricos que discorressem sobre ambos os saberes, em especial Walter Benjamin, Paul Ricoeur e Itamar Even-Zohar. Concluímos que a literatura e tradução são polissistemas, ou seja, conjuntos relacionais e hierárquicos em eterna construção de conexões, desenvolvidas e renovadas ao longo do tempo. Os paratextos, tão ―híbridos‖ quanto os textos que vêm a apresentar, são parte integrante das grandes negociações interculturais, políticas e literárias operadas pela tradução. Por esse motivo propomos a noção de prisma, de forma a oferecer uma possibilidade de interpretação que demonstrasse os discursos que atravessam a Kalevala e o Popol Vuh, e de que forma as obras se configuram tanto como bens simbólicos quanto como produtoras de sentido. |