Colonização de invertebrados aquáticos e decomposição foliar em tanques de Bromeliaceae em um fragmento florestal de Mata Atlântica
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00066 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15982 |
Resumo: | O Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (JB-UFJF) abriga um fragmento de Mata Atlântica em Minas Gerais, onde há espécies de bromélias com folhas em forma de roseta que formam um tanque que acumula a água de chuva e propicia o desenvolvimento de diversos artrópodes que participam da degradação da matéria orgânica, que é processo de extrema importância para o metabolismo dos ecossistemas aquáticos. No primeiro capítulo dessa dissertação, avaliamos a colonização de invertebrados no tanque central da bromélia Aechmea blanchetiana (Baker). O experimento durou 112 dias e a cada 14 dias, foram selecionados aleatoriamente três exemplares de bromélia para a retirada do conteúdo do tanque central. A abundância de organismos e a riqueza taxonômica variaram de 0 a 107 indivíduos e de 1 a 7 táxons por bromélia, respectivamente. No total, foram registrados 15 táxons nas bromélias, sendo a maioria dos táxons pertencentes à ordem Diptera. Não foi detectada correlação da abundância e riqueza com o tempo para colonização ou com o volume de água. Embora se esperasse que a composição da fauna de invertebrados nos períodos iniciais do experimento de colonização fosse mais similar entre si e que por sua vez iriam diferir dos períodos mais tardios, isto não foi verificado na análise de agrupamento. Já no segundo capítulo, avaliamos a decomposição foliar em tanques de bromélias Alcantarea imperialis (Carrière). Para isso, usamos discos foliares de três espécies vegetais coletadas no JB-UFJF: Alchornea sp. (Euphorbiaceae), Xylopia sp. (Annonaceae) e Piptocarpha sp. (Asteraceae). Também analisamos a composição química e estrutura física das espécies vegetais para avaliar a qualidade nutricional de cada uma delas. Xylopia sp. apresentou a maior taxa de decomposição. De modo geral a nossa taxa de decomposição foi baixa, se assemelhando a estudos que analisaram a decomposição microbiana. Sugerindo que a decomposição no tanque de A. imperialis foi principalmente realizada pelos microrganismos, com fraca ou ausente participação dos invertebrados. Estudos sobre assembleias de invertebrados que colonizam o tanque de bromélias e suas interações podem ajudar na compreensão dos processos ecológicos que ocorrem nesses fitotelmas, por exemplo, o processo de decomposição, podendo contribuir para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. |