Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lucinda, Tatiana Vieira
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Orientador(a): |
Caravela, Gabriela Borges Martins
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Banca de defesa: |
Alvarenga, Nilson Assunção
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Colucci, Maria Beatriz
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10114
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Resumo: |
A compreensão da construção de sentidos nos documentários passa por uma avaliação de sua estética e também da política que os atravessa. Tais tópicos têm sido foco de discussões em ambientes acadêmicos e profissionais, destacando-se que diferentes operações do dispositivo e enunciado podem levar a distintas percepções. Em se tratando de obras que tematizam sujeitos marginalizados, essas questões se tornam ainda mais latentes e merecedoras de avaliação, devido ao impacto que esses filmes podem exercer na visão do espectador e na sua conduta no seio social. Assim, a presente pesquisa propõe uma abordagem do documentário contemporâneo, abarcando as formas de encontro e enunciado, as operações na imagem e o seu impacto no espectador. Para tanto, toma como referência ideias propostas pelos filósofos Michael Foucault, Jaques Rancière, Giorgio Agamben e Georges Didi-Huberman, bem como trabalhos dos pesquisadores de cinema e documentário Jean Louis Comolli, Bill Nichols e de outros teóricos brasileiros. Almeja-se compreender a potência de imagens que inserem o espectador no risco, deslocando-o de seu lugar e convidando-o à partilha do sensível. Tal enfoque tem a hipótese de que ao mobilizar o espectador dessa forma, o mesmo é levado a uma reflexão mais aprofundada sobre a questão apresentada no filme. Desse modo, este estudo está divido em uma abordagem teórica inicial e outra parte com a análise de duas obras, À margem da imagem (2003), de Evaldo Mocarzel e Quando a casa é a rua (2012), de Theresa Jessouroun. As discussões tratadas nesta pesquisa apontam para a ideia de que, nos filmes que tematizam o sujeito marginalizado, o exercício de minar as certezas e convicções do espectador, fugindo do reforço dos estereótipos, assim como a tentativa de abrir a imagem incorporando elementos de incerteza podem ser estratégias para levar o espectador a pensar sobre a sua realidade, os valores e estigmas que carrega e, assim, despertá-lo para um novo olhar que traz uma potência de transformação. |