Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cerqueira, Ana Flávia Lawall Werneck
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Orientador(a): |
Rodarte, Mirian Pereira
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Banca de defesa: |
Silva, Cleuber Antonio de Sá
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Fontes, Elita Scio
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Rodarte, Mirian Pereira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10241
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Resumo: |
O café verde possui propriedades ativas contra diversas doenças, atribuídas, principalmente, aos ácidos clorogênicos, sendo o ácido 5-O-cafeoilquínico (5-ACQ) o mais importante dentre eles. Os grãos verdes possuem maiores concentrações de 5-ACQ, quando comparados aos grãos torrados, essa degradação ocorre, principalmente, devido à alta temperatura empregada no processo. A degradação do 5-ACQ pode ocorrer também frente a diversas condições de processamento e armazenamento. Além disso, apresenta baixa biodisponibilidade o que interfere na eficiência de suas propriedades e aplicações. Este trabalho foi realizado visando à proteção do extrato de grãos de café verde por meio da microencapsulação em sistemas poliméricos naturais de quitosana (Q). Foram preparadas micropartículas de quitosana com goma xantana (GX) e tripolifosfato de sódio (TPP) como agentes reticulantes. As micropartículas foram caracterizadas quanto ao tamanho de partícula, microscopia eletrônica de varredura, eficiência de encapsulamento, espectroscopia, análise termogravimétrica, perfil de liberação e teste de mucoadesividade. Os resultados demostraram que o extrato de café verde possui 110,15 μg/mg de 5-ACQ, e alta atividade antioxidante. As micropartículas se apresentaram de forma irregular, escamosa, friável e as partículas de Q/GX foram maiores do que as Q/TPP e apresentaram comportamentos diferentes no tamanho após adição do extrato. A eficiência de encapsulamento do 5-ACQ foi influenciada pelo agente reticulante utilizado, sendo as micropartículas de Q/TPP as que obtiveram maiores taxas de encapsulamento (74,04%). As análises físico-químicas demonstraram o aprisionamento do extrato pelas micropartículas e que os sistemas poliméricos obtidos são microesferas, além de possuírem maior estabilidade do que o extrato na forma livre. O perfil de liberação do 5-ACQ em fluído gástrico simulado, também foi influenciado pelo agente reticulante utilizado, sendo as micropartículas de Q/TPP as que liberaram maior porcentagem. Já em fluído intestinal simulado a liberação foi gradual e semelhante para ambos os sistemas poliméricos. Em relação à interação com a mucina, as micropartículas apresentaram alta capacidade mucoadesiva de 83,58 e 87,19%. Por meio deste trabalho, foi possível desenvolver e caracterizar micropartículas contendo extrato de grãos de café verde, com promissoras propriedades de aumentar a estabilidade e biodisponibilidade do 5-ACQ, e com isso, possibilitar maior eficácia e aplicabilidade do extrato. |