Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mattoso, Beatriz Guedes
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Orientador(a): |
Paiva, Fernando Santana de
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Banca de defesa: |
Cruz, Danielle Teles da
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Detoni, Priscila Pavan
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17141
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Resumo: |
O mês de março de 2020 ficou marcado como o início da pandemia da Covid-19. Considerada como uma das mais importantes epidemias desde o início do século XXI, os desdobramentos da presença do Sars-Cov-2 em nosso cotidiano deixou em evidência as práticas de cuidado, considerando que grupos sociais diferentes adoeceram e conviveram com o vírus de maneiras distintas. Dentre os impactos vivenciados, destacam-se o sofrimento psíquico e a saúde mental das populações, seja pelos efeitos diretos do adoecimento ou pelas medidas de contenção do vírus, com o isolamento social, assim como o acesso desigual a recursos de proteção durante o período da emergência em saúde. Tendo em vista o cenário descrito, a presente dissertação teve como objetivo investigar as práticas de cuidado em saúde mental, realizadas por Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) a partir da pandemia da Covid-19. Considerando a demarcada presença das ACS no território e sua função de elo com a comunidade, a pesquisadora apostou neste grupo de profissionais como aquelas que poderiam apontar os modos como a comunidade enfrentou a pandemia da Covid-19 no cotidiano e inventou práticas de cuidado em saúde mental. O acesso aos saberes e experiências acumulados pelas ACS foi possível através da reaproximação da pesquisadora com a equipe de saúde de um bairro localizado no município de Juiz de Fora. Os registros desses encontros e trocas foram feitos em diários de campo e através da gravação em áudio das duas rodas de conversa que aconteceram com as ACS no interior da unidade de saúde. As caminhadas comunitárias também integraram as estratégias de investigação e estreitamento das relações com o cotidiano da comunidade e foram realizadas entre os meses de janeiro e junho do ano de 2023. As categorias de análise indicaram o formato que as relações de cuidado entre profissionais e comunidade ganharam ao longo da pandemia da Covid-19, com ênfase na saúde mental deste coletivo. Foram elas: 1) Covid-19 e seus desdobramentos na vida da comunidade; 2) mudanças na forma de cuidar; 3) estratégias de enfrentamento durante a pandemia de Covid-19; 4) concepções de saúde mental; e 5) a escuta ordinária. Fica em evidência ao fim da pesquisa a múltipla dimensão dos impactos da pandemia da Covid-19 no cotidiano de trabalho das ACS, dentre eles, as mudanças no processo de trabalho das equipes de saúde e suas relações com a comunidade, os novos contornos conferidos às ações de cuidado a partir da convivência com o vírus, a forma como as ACS acolheram o sofrimento mental com ênfase no diálogo, prática que norteia a ação das profissionais antes mesmo do período pandêmico, destacando o vínculo e o acolhimento como potentes ferramentas de trabalho e consequente promoção de cuidado em saúde mental. |