Logos e homologein em Heráclito: linguagem e dimensão de mistério do ser a partir da leitura de Martin Heidegger

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Alves, Paula Renata de Campos lattes
Orientador(a): Araújo, Paulo Afonso de lattes
Banca de defesa: Gross, Eduardo lattes, Ribeiro, Glória Maria Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Ser
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10928
Resumo: Essa pesquisa tem como objetivo analisar a interpretação de Heidegger (1889-1976) de Heráclito de Éfeso (540 – 470 a.C). Essa interpretação postula uma relação inextricável entre o humano e o originário. Em seu trabalho, Heidegger compreende o como o fomento da experiência humana elementar do pensamento. Desse modo, Heidegger se opõe à tradição da « lógica » tradicional e à interpretação cristã (oriunda de matizes da metafísica grega), que o sobreleva como « ente supremo », como verbo divino, o filho encarnado de Deus. Na interpretação de Heidegger dos fragmentos de Heráclito, o lo/goj não é um « ente supremo » e nem sequer um « ente », mas a própria recolha (Versammlung) de tudo o que é, que conecta tudo o que é, em sua unidade (o « ente » em seu sendo). O humano e o lo/goj originário se pertencem mutuamente. Essa co-pertença (zusammengehören) ocorre no o(mologei=n, a correspondência do humano ao . O o(mologei=n se ofere em uma modalidade de presença que se traduz a partir do jogo da essência da a)lh/qeia com a essência da verdade do ser. A partir do vislumbre desse jogo, a articulação entre os termos, pa/nton kexwrisme/non e gnw/me qei/a permite pensar o dar-se do como “a-se-pensar” e “a-se-saber”, como experiência do caminho de preparo da verdade do ser ao pensamento humano no o(mologei=n. Essa experiência aproxima o homem da instância do pensamento enquanto abertura ao mistério, ou seja, do ser em sua verdade: em sua recusa ou retração. "Texto completo no pdf"