Representações sociais do HIV/AIDS para mulheres idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Laura Berriel da lattes
Orientador(a): Silva, Girlene Alves da lattes
Banca de defesa: Paiva, Mirian Santos lattes, Almeida, Geovana Brandão Santana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/834
Resumo: A AIDS é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, devido ao seu caráter pandêmico e sua gravidade. Hoje a AIDS é marcada pela feminização, heterossexualização, interiorização, envelhecimento, baixa escolarização e pauperização. O Brasil está caminhando rapidamente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido e o aumento da expectativa de vida tem sido uma preocupação e campo de muitas discussões. O envelhecimento saudável e a redução de doenças crônicas incapacitantes contribuiu para continuidade e qualidade no desempenho sexual desta população específica. Entretanto, a continuidade da vida sexual desencadeou o aumento de idosos infectados pelo HIV. Nesta investigação, o objeto de estudo são as representações sociais de mulheres idosas acerca do HIV/AIDS. Tem como objetivos: analisar as representações sociais de mulheres Idosas atendidas em uma instituição de saúde direcionada ao atendimento à pessoa idosa em uma cidade do interior do Rio de Janeiro sobre o HIV/AIDS; descrever os saberes e a utilização destes para reduzir sua vulnerabilidade à contaminação e ao adoecimento pelo HIV/AIDS e identificar como das Representações Sociais influenciam na vulnerabilidade a adoecimento pelo HIV/AIDS. Pesquisa de abordagem multimétodos com análise qualitativa, descritiva baseada na Teoria das Representações Sociais. O cenário foi a Instituição de Saúde Responsável pela atenção à Saúde do idoso na rede pública de saúde, em um município na região do Vale do Paraíba Fluminense. Foram utilizadas duas técnicas para coleta de dados. A primeira técnica utilizada foi a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) e a segunda, entrevista não estruturada. A coleta de dados foi realizada entre outubro de 2013 e março de 2014 Participaram do estudo 103 mulheres com idade entre 60 e 84 anos. As categorias de análise foram denominadas de: a representação da AIDS como doença; representações do HIV/AIDS como doença do outro; saberes das mulheres sobre HIV/AIDS; As mulheres e suas representações sobre o uso do preservativo e Fontes de informação. O acesso aos saberes científicos por meio dos profissionais de saúde e o conhecimento elaborado pelos atores sociais no grupo onde as mulheres estão inseridas permite com que estas teçam suas tramas no emaranhado da realidade individual e coletiva percebida. A vulnerabilidade do sexo feminino foi uma questão evidente nas situações de vida encontradas. Principalmente em uma faixa etária na qual estas mulheres ainda carregam o estigma da submissão e da assexualidade, ambos emergentes nos discursos. Nos quais as mulheres consideram um tabu a sexualidade em sua faixa etária e mesmo com a desconfiança em relação ao parceiro, preferem permanecer no relacionamento sem reclamar. Resultando na pouca adesão a práticas preventivas como o uso do preservativo, devido à recusa masculina. A constatação dessa realidade evidencia a prioridade na elaboração de políticas públicas voltadas a esse público específico, para que as práticas preventivas sejam efetivamente incorporadas nas representações dessas mulheres.