Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Beatriz dos Santos
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Orientador(a): |
Fernandes, Natália Maria da Silva
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Banca de defesa: |
Franco, Marcia Regina Gianotti
,
Banhato, Eliane Ferreira Carvalho
,
Campos, Eugênio Paes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2350
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Resumo: |
Introdução: No Brasil há um aumento da prevalência de doenças crônicas, constituindo atualmente um problema de Saúde Pública com grande demanda por parte dos serviços de saúde. Dentre estas, encontra-se a Doença Renal Crônica (DRC), com um acréscimo constante do número de pessoas em diálise, presença de altos índices de mortalidade e incapacidades crônicas. Estar em uma condição de doença crônica traz ao paciente sentimentos que, para sua elaboração, será fundamental o papel da equipe de saúde e do cuidador familiar principal. Percebe-se portanto, que assim como o paciente, a família é significativamente afetada pela DRC e por seu tratamento, pois terá que se adaptar à persistência de um quadro clínico que apresenta instabilidade e incertezas, com necessidades de cuidados permanentes, a custo de grande sobrecarga nos mais diversos aspectos de suas vidas. Nesse contexto, em que a família constitui um grupo de risco para o desenvolvimento de sintomas psicológicos (como estresse, depressão etc.), bem como de diversas enfermidades crônicas, muitas vezes provenientes da negligência com o autocuidado, se faz fundamental avaliar como ocorre a elaboração do processo de adoecimento nesse grupo, em seus mais variados aspectos, para que se possa traçar melhores estratégias de intervenção. Objetivo: avaliar a saúde mental de pacientes renais crônicos e seus cuidadores e sua associação com os sintomas de ansiedade, depressão, estresse, fadiga, suporte social e qualidade de vida, bem como com as características clínicas dos pacientes. Método: estudo transversal em 21 pacientes e seus cuidadores, no período de Janeiro a Setembro de 2015. Amostra por conveniência onde foram incluídos participantes com idade >18 anos, há no mínimo 6 meses de tratamento e cuidadores familiares. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, clínicas, laboratoriais e psicológicas. Realizada análise descritiva e a associação entre pacientes e cuidadores. Resultados: Dentre os pacientes foi observado 38,1% com sintomas indicativos de ansiedade e depressão. As médias de Suporte Social Prático foram de 3,15±0,77 e para Suporte Social Emocional 3,16±0,79. Com relação à Fadiga, 14,3% se declaram extremamente cansados e 14,3% declaram fazer todas as atividades que habitualmente faziam. Dos 57,1% que apresentavam estresse, 66,7% estavam na Fase de Resistência com predominância de sintomas psicológicos em 60,0% dos mesmos. O domínio Capacidade Funcional (CF) da Qualidade de Vida mostrou correlação com Hemoglobina (r=0,581, p=0,006) e pacientes não anêmicos apresentaram melhor CF (p=0,075). Nos cuidadores observou-se 33,3% com sintomas indicativos de ansiedade e depressão. No Suporte Social Prático obtiveram média de 2,88 ±0,77 e Suporte Social Emocional com 3,0±0,72. 14,3% relataram estar extremamente cansados e 28,8% afirmaram fazer quase todas as atividades que habitualmente faziam. Na comparação de ambos os grupos observa-se que apresentam resultados semelhantes quanto à presença de ansiedade e depressão e fadiga. Cuidadores recebem menos suporte social que pacientes. Ambos os grupos apresentam predominância semelhante de níveis de estresse, porém, pacientes apresentam maior predominância de sintomas psicológicos. Com relação à Qualidade de vida, nos Aspectos Sociais, Vitalidade, Saúde Mental e o grande Domínio Mental, pacientes e cuidadores apresentam resultados semelhantes. Conclui-se que a Saúde Mental de pacientes e cuidadores apresenta níveis semelhantes e ambos, no contexto da doença renal dialítica, devem obter intervenções específicas. |