Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alves, Kátia Regina Lopes
 |
Orientador(a): |
Hallack Neto, Abrahão Elias
 |
Banca de defesa: |
Martinez, Daniel Godoy
,
Paula, Erich Vinícius de
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
|
Departamento: |
Faculdade de Medicina
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11713
|
Resumo: |
Pacientes que recebem transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas têm uma maior incidência cumulativa de complicações cardiovasculares. Entre os fatores de risco associados a essas complicações estão a quimioterapia administrada no condicionamento, a terapêutica pré transplante e fatores de risco cardiovasculares pré existentes. Desta forma objetivamos avaliar a incidência e o grau de cardiotoxicidade precoce após regime de condicionamento para transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas. Foram avaliados todos os pacientes submetidos a transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora e Hospital Monte Sinai, entre março de 2018 a maio de 2019 e os pacientes que realizaram o procedimento no Hospital Universitário em outubro de 2019. Os dados relativos ao exame físico pré e pós quimioterapia de condicionamento e resultados de exames propedêuticos rotineiros foram coletados, sendo solicitados dosagem de troponina I antes do condicionamento, no início da neutropenia e aproximadamente 30 dias após a infusão da célula tronco hematopoiética. Foi realizado ecocardiograma 30 a 60 dias após o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas, classificando as alterações de acordo com a Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dos 33 pacientes avaliados, 7 (21,2%) apresentaram cardiotoxicidade pelo ecocardiograma, sendo que 4 apresentaram cardiotoxicidade grau I e 3 pacientes grau II. Um paciente apresentou alteração no exame de TnI no nadir pós quimioterapia e um paciente teve o exame positivo 30 dias após o transplante. Ambos sem associação com alteração precoce no ecocardiograma realizado após transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas. Houve uma redução de 71,53% para 64,75% entre as médias de fração de ejeção de ventrículo esquerdo pré e pós condicionamento (p = 0,00013). A correlação de Pearson se mostrou positiva (0,40) quando avaliada a administração de mais que 9g de ciclosfosfamida e cardiotoxicidade. Alterações clínicas do aparelho cardiovascular demonstra relação com estadiamento avançado e mais que um ano entre o diagnóstico e transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (p = 0,01, em ambos). Sinais específicos de congestão têm correlação com radioterapia em área cardíaca e uso de mais que 400mg de doxorrubicina pré-transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (p = 0,02 e p = 0,01, respectivamente). Nossos achados permitem concluir que a injúria cardíaca é um evento presente nos pacientes submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas e está mais associada a terapêutica pré transplante que a quimioterapia de condicionamento em nossa avaliação. No entanto estudos com um maior número de pacientes e padronização de exames capazes de identificar cardiotoxicidade precocemente, antes que a lesão se torne irreversível, ainda são necessários. |