Jerry Falwell e a maioria moral: um estudo sobre a relação entre religião e política no espaço público americano entre 1979 e 1989

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Ivan Dias da lattes
Orientador(a): Barbosa, Wilmar do Valle lattes
Banca de defesa: Camurça, Marcelo Ayres lattes, Silveira, Emerson José Sena da lattes, Silva Neto, Francisco Luiz Pereira da lattes, Rivera, Dario Paulo Barrera lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
EUA
USA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3633
Resumo: O objetivo geral desta tese é avaliar a organização de lobby político denominada Maioria Moral, fundada e liderada pelo pastor evangélico fundamentalista Jerry Falwell. Esta organização, que foi a mais destacada da Nova Direita Religiosa americana, atuou no cenário político daquele país entre os anos de 1979 e 1989 na tentativa de implementar uma agenda teológico-política, articulada em torno de seus valores religiosos e morais, no contexto da esfera pública dos EUA. A ação da Maioria Moral teve desdobramentos que modificaram substantivamente a dinâmica político-partidária dos Estados Unidos. Na busca por viabilizar e implementar sua agenda de perspectivas religiosas, os ativistas políticos da Maioria Moral, conservadores ou fundamentalistas, eram do parecer que a sociedade americana se encontrava sob a ameaça de “grandes males”, e atuaram para mobilizar os religiosos que compartilhavam de seus pontos de vista a um envolvimento ativo e intenso na esfera pública e político-partidária, descontruindo a orientação religiosa anterior de separação entre religião e política. Esta atuação implicou no surgimento de um novo tipo de clivagem sociopolítica, em que a religião reemerge nos EUA como uma linha divisória com uma dimensão político-partidária, consubstanciando e consolidando clivagens culturais muito expressivas e duradouras, que resultam numa guerra de culturas entre diferentes sistemas de entendimento moral e religioso. Apesar de dissolvida no final da década de 80, a Maioria Moral contribuiu significativamente para a polarização ainda em curso das diferenças culturais no interior da vida e da cultura pública americanas, que veio a assumir uma dimensão político-partidária nacionalmente organizada.