Mulheres que se contam: histórias de vida e narrativas de educandas chefes de família da Educação de Jovens e Adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Júlia Canella da lattes
Orientador(a): Torres, Mariana Cassab lattes
Banca de defesa: Ferrari, Anderson lattes, Eiterer, Carmem Lúcia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15460
Resumo: A presente pesquisa se desenvolveu no PPG de educação da UFJF que tem como área de pesquisa a educação brasileira no que tange a gestão e as práticas pedagógicas. A partir de questionamentos e tensões acerca das limitações e possibilidades da vivência de mulheres chefes de família na Educação de Jovens e Adultos, tendo como centralidade a necessidade de compreender, a partir de suas narrativas de história de vida, que significados e importâncias a escola assume em suas vidas nos diferentes momentos em que estas se atravessam, e de que forma sua vivência e condição social enquanto mulher e chefe de família afetam seu processo de escolarização. Para tanto, foi estabelecido como objetivo geral compreender como as questões de gênero atravessam seus percursos escolares a partir do contexto singular de suas narrativas de história de vida, visando estabelecer os lugares representados pela escola na vida destas mulheres que retornam à EJA. Enquanto metodologia de pesquisa elegemos as histórias de vida, através de entrevistas com três educandas da EJA, as quais nos possibilitaram verificar de que formas os atravessamentos de gênero, raça e classe se colocam como determinantes em sua trajetória escolar, tanto no contexto do ensino dito regular, quanto em seu retorno à EJA. Questões como o pertencimento étnico-racial, a maternidade e as diferentes formas de violência contra mulher atravessam suas narrativas, nos levando a concluir que as interrupções e interdições em seu percurso escolar se reportam diretamente à sua condição e ao seu lugar social enquanto mulher em uma sociedade marcada pelo patriarcado e pela divisão social e racial de classes.