Do banimento à luta pela anistia: história e memória da Associação dos Anistiados Políticos Militares da Aeronáutica – GEUAr

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Esther Itaborahy lattes
Orientador(a): Delgado, Ignácio José Godinho lattes
Banca de defesa: Lobo, Valéria Marques lattes, Oliveira, Fabrício Roberto Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/729
Resumo: Aprovada há mais de três décadas, a Lei de Anistia é tida como um marco no processo de transição democrática brasileira (MEZAROBBA, 2003: vi). Assinada, mesmo que no contexto autoritário, foi vista como uma vitória - ainda que parcial - pela sociedade que protestava pelo fim do regime militar. Há que se pensar nas lutas inicias travadas já em 1964 até chegarmos às lutas propriamente ditas pela anistia a partir da criação do Movimento Feminino pela Anistia em 1975 e a criação dos Comitês Brasileiros pela Anistia em 1978 – durante o Regime – e às ações propostas pelo GEUAr a partir da criação da Comissão de Anistia. Dessa forma, o objeto de estudo desta dissertação será a Associação dos Anistiados Políticos Militares da Aeronáutica (GEUAr). A sigla é uma homenagem ao Grêmio Esportivo Unidos do Ar, fundado em 1963 em Lagoa Santa (MG), por então praças militares com intuito de promover campeonatos amadores de futebol e bailes. A partir da criação da Comissão de Anistia em 2002, o GEUAr torna-se uma associação sem fins lucrativos de auxílio à ex-militares da Aeronáutica que foram desligados da FAB – porque, segundo a mesma, eles teriam apoiado a Revolta dos Sargentos em 1963. Contudo, intentamos demonstrar que tais desligamentos estão dentro de uma política de ‘limpeza’ impetrada pelas Forças Armadas após o Golpe de 1964. A memória e as atuações dos atores sociais, mediadas pelo GEUAr, ocupam lugar privilegiado nesta apresentação. Tendo como base empírica entrevistas com os membros do GEUAr, buscamos compreender o processo de construção de suas memórias a respeito dos eventos ocorridos no processo de desligamento da Aeronáutica, de suas lutas pela Anistia Política e no rearranjo que passaram suas vidas desde então.