Desenvolvimento de embriões bovinos e de ratas cultivados in vitro em meios utilizados em embriões humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Polisseni, Juliana lattes
Orientador(a): Peters, Vera Maria lattes
Banca de defesa: Serapião, Raquel Varella lattes, Sá, Wanderlei Ferreira de lattes, Araújo, Dimas Augusto Carvalho de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5523
Resumo: Objetivou-se avaliar sistemas de cultivo propostos para utilização de embriões humanos: sistema de cultivo único e sistema de cultivo sequencial, comparando com sistema de cultivo utilizado nos modelos experimentais bovino e ratas Wistar. Especificamente avaliou-se taxa de clivagem e blastocisto, cinética do desenvolvimento embrionário, quantificação da expressão dos genes em blastocistos bovinos e avaliação da viabilidade e qualidade por morfologia e Tunel de embriões oriundos de ratas Wistar. Para bovinos, complexos cumulus-oócitos foram maturados, fecundados in vitro. No experimento 1 os zigotos foram distribuídos nos sistemas de cultivo: CR2aa, SOFaa, sistema de cultivo seqüencial ECM®/Multiblast® e sistema de cultivo único Global®. Avaliou-se a taxa de clivagem e de blastocisto e expressão dos genes PRDX, HSP70.1, GLUT1 e GLUT5, nos blastocistos. No experimento 2, o cultivo embrionário foi avaliado sobre o desenvolvimento de embriões bovinos biopsiados. Os zigotos foram distribuídos nos sistemas de cultivo: CR2aa, sistema de cultivo seqüencial G1®/G2® e ECM®/Multiblast®, sistema de cultivo único Global®. Para todos os grupos, os embriões 8-16 células foram biopsiados e retornados para cultivo. Avaliou-se taxa de clivagem e de blastocisto. Para ratas Wistar, utilizou-se animais, do Centro de Biologia da Reprodução (CBR/UFJF), com doze semanas de vida, superovuladas com 150 Ul/kg de PMSG e 75 Ul/kg de hCG, intraperitonealmente. No experimento 1 a coleta embrionária procedeu-se 24 horas após o hCG e avaliou-se a viabilidade embrionária No experimento 2 ratas foram distribuídas entre os grupos controle e superovulado e os embriões foram coletados 48 e 72 h após a administração de hCG. Peso dos ovários, número total de estruturas embrionárias e grau de qualidade de embriões foram analisados. No experimento 3 a coleta embrionária procedeu-se 72 h após a administração de hCG. Avaliou-se a qualidade de embriões cultivados in vitro oriundos de ratas superovuladas através da taxa de blastocisto e do índice apoptótico. Já no experimento 4 a coleta dos embriões foi realizada 48h após a administração do hCG. Embriões recuperados foram distribuídos aleatoriamente segundo os grupos: sistema de cultivo sequencial ECM°/Multiblast®, sistema de cultivo único Global®, KSOM. Avaliou-se taxa de blastocisto. A análise estatística foi realizada pelo teste do qui-quadrado, teste de Student, ANOVA e a expressão gênica foi analisada com REST®. No experimento 1 bovino as taxas de clivagem foram semelhantes entre os grupos, mas a taxa de blastocisto total foi menor no sistema sequencial e a taxa de blastocisto expandido foi maior no sistema de cultivo único. Além disso, o cultivo de embriões no sistema único resultou em maior expressão de GLUT1 e GLUT5 (P <0,01) e níveis de expressão semelhantes de HSP70.1 e PRDX1 em comparação com os embriões cultivados em meios sequenciais. No experimento 2 bovino tanto a taxa de clivagem quanto a taxa de blastocisto foi semelhante entre os grupos. Para ratos, no experimento 1 98,2% dos embriões coletados foram considerados viáveis. No experimentos 2 o grupo superovulado apresentou ovários com maior peso e maior número de embriões, comparado com o grupo controle. Entretanto, os embriões do grupo superovulado apresentaram menor número de células 72 horas após a administração de hCG. No experimento 3 a taxa de blastocisto foi de 83,17%, com taxa apoptótica de 10.32 ± 8.91%. No experimento 4 a taxa de blastocisto total foi menor em sistema sequencial (13,6%) quando comparado com KSOM (24,0%) e sistema de cultivo único (32,9%)(p<0.05). Concluiu-se que o cultivo de embriões em meio único é mais favorável em comparação com a de meios sequenciais, a superovulação foi bem sucedida no modelo rato e a técnica de TUNEL se mostrou viável na avaliação da qualidade embrionária de embriões de ratas Wistar.