Pelos dedos de Alice: o jogo das histórias e a fluidez da linguagem em Salman Rushdie e American McGee

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Póvoa, Guilherme Augusto dos Santos lattes
Orientador(a): Lage, Verônica Lucy Coutinho lattes
Banca de defesa: Santos, Roberto Corrêa dos lattes, Mendes, Moema Rodrigues Brandão lattes, Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes, Oliveira, Marcos Vinícius F. lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4720
Resumo: A virada dos últimos anos trouxe novamente à superfície a perigosa, porém inevitável fragmentação dos territórios como conhecíamos. As guerras e invasões, bem como a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos da América, acentuaram-nos a percepção de que, em um mundo onde a aceleração da realidade cria novas formas a cada dia, fronteiras nada mais são que imaginárias. Como consequência, isso não é só aplicado ao chão físico, mas também ao chão das ideias. Partindo desse cenário instável, nos focamos em dois objetos: um romance de Salman Rushdie, Luka e o Fogo da Vida (2010), e um jogo de videogame, Alice Madness: Returns (2011), de American McGee. O objetivo deste trabalho é, assim, analisar a constituição do sujeito traduzido sob dois pontos fundamentais: o da fluidez da linguagem e o das vozes do discurso. Como poderemos notar, esses pontos influenciarão tanto a formação dos autores e a criação de seus projetos artísticos quanto as discussões sobre a identidade cultural nas obras escolhidas. Essa formação, dotada de máscaras autorais, cria um efeito de irônica neutralização discursiva nessas produções. Sendo assim, elas se tornam essenciais para analisarmos a proposta pós-moderna da escrita de Rushdie e McGee: descentrada, plural e paradoxal. Dessa maneira, eles tornam-se os protagonistas dentro do palco que é a linguagem – produto de complexas relações imbuídas de poder. Através de uma mistura de histórias antigas e atuais, canonizadas ou não por instituições ou pelas sociedades, os autores migrantes fazem uma revisitação pós-moderna de diversos temas e histórias em textos que, enquanto híbridos, atravessam diversos códigos linguísticos, campos do saber e linguagens midiáticas.