O projeto social Pró-moradia: do direito à moradia à sua apropriação como mercadoria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barbosa, Felipe Perdigão lattes
Orientador(a): Lima, Elias Lopes de lattes
Banca de defesa: Menezes, Maria Lúcia Pires lattes, Godoy, Tatiane Marina Pinto de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5583
Resumo: O trabalho em questão tomou como objeto de análise o projeto social de cunho habitacional Pró-Moradia, localizado em uma área de ocupação popular da cidade de Muriaé, Minas Gerais, que apresenta contradições inerentes ao processo de produção capitalista do espaço. O projeto, que possui ainda cunho paroquial, foi idealizado por um padre holandês erradicado no município, conhecido como padre Tiago Prins. Originalmente, o projeto Pró-moradia aparenta personificar os ideais daquilo que Henri Lefebvre chamou de “direito à cidade”, expresso na primazia do “uso” da habitação. Contudo, ao longo de sua história esses ideais se perderam frente às contradições inerentes ao próprio capitalismo, que se desenvolveram justamente pela falta de organização social do projeto em questão. O fato de grande parte dos imóveis não possuir escritura, sendo estes terrenos vinculados a um grupo de investidores externos, tidos como “doadores”, contribuiu para um caminho de exclusão e não de acesso ao uso da cidade.