“Dá glória e receba!”: a expressão mítico-ritual nos “corinhos de fogo” no culto [neo]pentecostal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Albuquerque Júnior, Valdevino de lattes
Orientador(a): Huff Júnior, Arnaldo Érico lattes
Banca de defesa: Rodrigues, Elisa lattes, Lopes, José Rogério lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/508
Resumo: O culto pentecostal constitui-se num espaço sagrado de festa. Ali, a alegria de sentirse cheio do Espírito Santo reescreve, na experiência do crente, o mito de pentecostes. Mas, ao mesmo tempo, essa alegria reatualiza esse mito. E são várias as formas de se trazer esta narrativa mítica à tona, tornando-a tangível à percepção e à emoção; e, neste sentido, a cultura desempenha um papel fundamental: ela é o elo a promover o encontro entre as verdades da crença e as experiências religiosas. Segundo Michel Meslin, a religião só alcança o homem através das mediações culturais de seu tempo. Entre essas também variadas “mediações culturais” está a música, com seus gêneros, ritmos e uma força simbólica capaz de funcionar como chave, abrindo as portas da emoção. Este sentimento religioso de alegria tem suas bases no sagrado, e, assim, até a música que coadjuva o canto alegre do crente se sacraliza; e, ao musicalizar o sagrado, potencializa ainda mais o sentimento de pertença à comunidade religiosa do indivíduo, que também vê alimentada sua esperança de fé. Este trabalho se envereda na trilha da experiência religiosa, em seus percalços sinuosos. Entendendo que o corinho de fogo, como expressão musical de fé e também de cultura, realiza o papel de lubrificar as engrenagens das manifestações performáticas de algumas denominações pentecostais, influenciando a dinâmica de alguns desses cultos, refletimos sobre as inter-relações entre esses corinhos e a expressão gestual no culto pentecostal.