Identificação da situação da cobertura da vacina Pneumocócica 10-Valente, no município de Juiz de Fora

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Vale, Mara Lúcia Fernandes do
• Orientador(a): Ribeiro , Luiz Cláudio
• Banca de defesa: Campos, Estela Márcia Saraiva , Bentes, Aline Almeida
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
• Departamento: Faculdade de Medicina
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: -
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
• Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00392; https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13806

O conhecimento advindo dos estudos relacionados à imunização representa um grande avanço para a ciência. Ele foi responsável por profundas mudanças no perfil de morbimortalidade das doenças infectocontagiosas, evitando mortes por moléstias que, durante milênios, assombraram a humanidade. As atividades relacionadas à vacinação populacional coadunam com a prática da Saúde Coletiva, na qual o campo teórico é permeado por questões científicas, políticas e sociais. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973, organizou as ações vacinais, otimizando sua abrangência. A eficiência desse programa foi reconhecida inclusive internacionalmente. Após décadas de progressivo êxito, o PNI vem sofrendo mudanças, entre estas a inclusão de novos imunobiológicos e alterações nas formas de registro vacinal, que impactam nos índices de cobertura. A presente pesquisa teve como objetivo o estudo da situação da cobertura da vacina Pneumocócica Conjugada 10-Valente (PCV-10), no município de Juiz de Fora, no período de 2010 a 2020, dada a sua expressividade epidemiológica na prevenção de doenças comuns na infância e também por reverberar na saúde de indivíduos idosos (BALALLAI, 2020). A população analisada compreendeu aquela pertencente à faixa etária pediátrica de menores de 12 meses de idade, período no qual está concentrado o maior número de doses a serem administradas, em um menor intervalo de tempo. Para esta finalidade, foram obtidos dados de cobertura vacinal junto ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora. Para aprofundar no tema também foram realizadas entrevistas semiestruturadas, que foram tratadas pelo método de análise de conteúdo proposto por Minayo (2013). A partir da análise dos resultados foi possível identificar um cenário relativo à PCV-10, e também às demais vacinas, que reflete uma tendência à elevação progressiva da cobertura vacinal durante o período estudado. Porém foram constatadas fragilidades no processo que envolve os registros vacinais, o que pode comprometer ações de gestão bem como o desenvolvimento de pesquisas que utilizam esse banco de dados devido à distorção das informações geradas. Do material exposto foi possível concluir que se faz necessária, de maneira primordial, a adoção de programas de educação continuada, com freqüência periódica, aos trabalhadores de saúde envolvidos nas ações vacinais, assim como o desenvolvimento de novas estratégias de campanha, de modo a conscientizar e mobilizar a população de maneira mais eficiente.