UNESCO e EJA: a perspectiva de formação no contexto do capitalismo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Rodrigo Bellei lattes
Orientador(a): Rodrigues, Rubens Luiz lattes
Banca de defesa: Neves, Lúcia Maria Wanderley lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
EJA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/658
Resumo: O presente estudo se propôs a realizar uma análise crítica acerca das formulações e/ou interferências dos organismos internacionais, em especial a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), na concepção de formação de jovens e adultos no contexto do capitalismo hodierno e como essa perspectiva se desdobra sobre as políticas públicas educacionais brasileiras, voltadas a EJA a partir de 1990. A fim de compreender a questão proposta, será necessário contextualizar as formulações da UNESCO frente às exigências do sistema capitalista, sobretudo nos documentos voltados a EJA (Educação de Jovens e Adultos), produzidos no período escolhido; identificar a direção delineada para a centralidade do trabalho expressa nessas produções e contrapor a concepção de formação encontrada nesses documentos com a concepção de formação humana defendida pela teoria social de Marx. Para tanto, a pesquisa tem como base a análise documental, pautada no referencial epistemológico do materialismo histórico. Desse modo, ficará evidente a intrínseca relação entre o todo e as partes e a necessidade em se promover as mediações, buscando identificar as contradições e ideologias que perpassam os documentos da UNESCO analisados no contexto da sociedade capitalista neoliberal e empreender os desdobramentos desta inserção para a Educação de Jovens e Adultos. Essa análise pretende contribuir para o aprofundamento da compreensão crítica no campo da educação voltada a jovens e adultos, especialmente no que tange a construção de projetos educativos relacionados à formação humana nessa modalidade. Projetos estes que precisam ser construídos pela própria classe proletária e, por isso, deverão ultrapassar os processos de escolarização e perpassarem por toda a vida do sujeito trabalhador dessa modalidade. Somente projetos com essas bases e que defendam os interesses dos trabalhadores é que poderão, efetivamente, contribuir para mudanças estruturais e universais na sociedade atual.