Efeitos da realidade virtual comparada à reabilitação convencional na função motora de pacientes com doença de Parkinson: uma revisão sistemática com metanálise e metaregressão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Azevedo, Paula Britto dos Santos lattes
Orientador(a): Colugnati, Fernando Antônio Basile lattes
Banca de defesa: Vale, Thiago Cardoso lattes, Reboredo, Maycon de Moura lattes, Guerra, Zaqueline Fernandes lattes, Carvalho, Thiago Lemos de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00151
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16577
Resumo: Introdução: Como parte das consequências da doença de Parkinson (DP), os pacientes podem apresentar alguns comprometimentos motores como bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e instabilidade postural que afetam a funcionalidade e qualidade de vida. O tratamento com realidade virtual tem sido implementado a fim de promover melhora na participação das atividades de vida diária e funcionalidade. Objetivo: avaliar os efeitos do tratamento com a realidade virtual na função motora de pacientes com DP em comparação à reabilitação física convencional, tratamento fisioterapêutico convencional ou a não intervenção. Métodos: estudo de revisão metanálise e metaregressão, utilizando dados de participantes de ensaios clínicos controlados e randomizados. Foi realizada busca nas bases dados MEDLINE (PubMed), Embase, Scopus, Cochrane Library, Web of Science, e PEDro, no período de outubro de 2020 até julho de 2021. Foram elegíveis estudos em que a intervenção proposta utilizasse equipamentos de realidade virtual como forma de tratamento para a reabilitação física dos pacientes com DP. Vinte e cinco ensaios clínicos randomizados envolvendo 1008 participantes foram incluídos. Resultados: a metanálise de efeitos aleatórios demonstrou que as intervenções com realidade virtual comparadas aos grupos controle, melhoraram significativamente o equilíbrio (14 estudos, diferença de médias padronizada =0,59; 95%IC = 0,3 – 0,88; P<0,0001) e a velocidade de marcha (seis estudos, diferença de médias padronizada =0,41; 95%IC =0,05 – 0,25; P =0,03) dos pacientes com DP. Também foi possível demonstrarmos através da metarregressão que o volume de treinamento teve uma associação positiva e estatisticamente significativa com o equilíbrio dos pacientes (coeficiente = 0,0566; 95% IC = 0,0165 – 0,0966; P=0,057). Além disso, observamos uma associação negativa e estatisticamente significativa entre o volume de treinamento e a velocidade de marcha (coeficiente = 0,0647; 95% IC = -0,1135 – 0,158; P=0,0094) dos pacientes. Conclusão: a utilização da realidade virtual como componente da reabilitação física influenciou de forma positiva na função motora de equilíbrio e velocidade da marcha dos pacientes quando comparados às abordagens tradicionais de tratamento, enquanto não foi possível diferenciarmos os efeitos das intervenções nos desfechos mobilidade, desempenho da marcha, congelamento da marcha e medo de quedas. Esta revisão foi registrada na PROSPERO sob o número CRD42020187320.