Detecção de talentos para o voleibol na escola: uma modelagem estatística baseada na estatura adulta prevista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vianna, Rodrigo de Magalhães lattes
Orientador(a): Bara Filho, Maurício Gattás lattes
Banca de defesa: Werneck, Francisco Zacaron lattes, Ferreira Júnior, João Batista lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00310
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13663
Resumo: A detecção de talentos esportivos é uma importante área de estudos das ciências dos esportes. Embora com muitas evidências ainda hoje são muitos os países que investem nesses programas por considerarem a detecção a primeira etapa de formação de um atleta de alto rendimento esportivo. No voleibol não encontramos um modelo no Brasil que atenda essa etapa de detecção de jovens atletas para modalidade visando o contexto escolar, local onde encontramos esse maior número de jovens. Considerando a estatura como a principal váriavel para modalidade e sua previsão com aspectos maturacionais envolvidos, dado importante no processo de promoção de atletas de desempenho. O presente estudo teve como objetivo apresentar uma inovadora proposta de detecção de talentos para o voleibol, baseada na variável estatura adulta prevista (EAP). A partir da amostra de escolares do Colégio Militar de Juiz de Fora de ambos os sexos (1060 total), com idade entre 12 e 16 anos, submetidos a avaliação de estatura, peso e média da estatura dos pais, foram estabelecidas a estatura adulta previstas, média e desvio padrão. Com dados dos jogadores e jogadoras da Superliga A de voleibol de 2019, foram apresentadas as médias de estaturas por posição de jogo, levantador (185,0 cm) e (174,0 cm) , ponteiro (192,0 cm) e (179,0 cm), central (200,0 cm) e (185,0 cm) , oposto (198,0 cm) e (181,0 cm) e líbero (179,0 cm) e (161,2 cm), masculino e feminino respectivamente, sendo as maiores dos jogadores de posição central seguidas de opostos, ponteiros, levantadores e líberos. Como resultados encontramos que somente 4,3% dos meninos avaliados podem chegar as estaturas de atletas de elite da modalidade e 2,2% das meninas. O número fica menor ainda quando observado em posições de jogo, onde de acordo com as estaturas médias previstas meninos e meninas possuem 58,3% e 58,4% de alcançarem estatura de jogadores da posição de líbero, respectivamente, seguidos de um maior percentual para levantadores 13,3% para meninos e 4,8% para meninas de atingirem a estatura média de atletas de elite. Para centrais, opostos e ponteiros os valores foram muito pequenos, menores que 1%. Conclui-se que a estatura adulta prevista pode ser um importante instrumento para detectar jovens talentos para o voleibol com objetivo de promover atletas de alto desempenho, sendo o novo modelo proposto, de ampla aplicabilidade e reprodutibilidade, podendo ainda novos estudos serem realizados buscando maiores evidências nos achados.