Atividade acaricida do extrato metanólico de Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen (Asteraceae) e espilantol sobre Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) e Dermacentor nitens (Acari: Ixodidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cruz, Paula Barroso lattes
Orientador(a): Monteiro, Caio Márcio de Oliveira lattes
Banca de defesa: Fernandes, Éverton Kort Kamp lattes, Camargo, Mariana Guedes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4146
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade carrapaticida do extrato metanólico de Acmella oleracea e do espilantol sobre Rhipicephalus microplus e Dermacentor nitens. O extrato metanólico foi obtido através de maceração com metanol. Desse extrato, foi obtida uma fração diclorometano com 99% de espilantol (que pode ser considerado um composto puro), que também foi testada sobre larvas e fêmeas ingurgitadas de R. microplus e larvas de D. nitens. Para a avaliação da atividade sobre larvas, foi utilizado o teste de pacote de larvas modificados e o extrato metanólico e a fração diclorometano (99% de espilantol) foram testadas em concentrações de 0,2 a 50,0 mg/mL. No teste de tempo letal, também foi utilizado a técnica de pacote de larvas, o extrato metanólico foi usado na concentração de 12,5 mg/mL e a avaliação do percentual de mortalidade foi feita após 15, 30, 45, 60, 75, 90, 120 minutos e 24 horas. Nesse teste foi feito o cálculo de tempo letal 50% (TL50). O teste com fêmeas ingurgitadas foi feito apenas com R. microplus, sendo testadas concentrações de 25 a 200 mg/mL do extrato metanólico e concentrações entre 2,5 a 20,0 mg/mL para o espilantol. O extrato metanólico ocasionou mortalidade de 100% das larvas de R. microplus e D. nitens a partir de concentrações de 3,1 e 12,5 mg/mL, respectivamente. O espilantol resultou em mortalidade de 100% para larvas de R. microplus a partir da concentração 1,6 mg/mL e de 12,5 mg/mL para D. nitens. No experimento de tempo letal, a mortalidade foi de 100% para larvas de R. microplus e D. nitens após 120 minutos e 24 horas, com TL50 de 38 e 57 minutos. No teste com fêmeas, o peso da massa de ovos e percentagem de eclosão dos grupos tratados com concentrações iguais e/ou superiores a 50,0 mg/mL do extrato metanólico apresentaram redução significativa (p> 0,05) em relação ao controle, enquanto o espilantol provocou redução significativa do peso da massa de ovos e percentagem de eclosão em concentrações de 10,0 mg/mL e 2,5 mg/mL, respectivamente. As fêmeas tratadas com 200,0 mg/mL do extrato morreram antes de iniciar o processo de oviposição, resultando em eficácia de 100%, enquanto a melhor eficácia para espilantol foi de 92,9% na concentração de 20,0 mg/mL. Portanto, é possível concluir que o extrato metanólico da A. oleracea e o espilantol apresentam atividade acaricida sobre R. microplus e D. nitens.