O efeito da radiação emitida por telefones móveis sobre os processos de sinalização intracelular das células hipofisárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Caires Júnior, Luiz Carlos de lattes
Orientador(a): Garcia, Raúl Marcel González lattes
Banca de defesa: Trevenzoli, Isis Hara lattes, Vasconcelos, Eveline Gomes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2472
Resumo: Nos últimos anos, o sistema de telecomunicação móvel tem crescido significativamente, de modo que um sexto da população mundial, mais de um bilhão de pessoas, utiliza este tipo de telefone (National Radiological Protection Board, 2004; Maier, 2006). No Brasil, em 2011, já há mais de 202,9 milhões de habilitações de celulares, uma densidade de 104,68 acessos para cada 100 habitantes (Anatel, 2011). Estudos sobre os efeitos da radiação emitida por telefones celulares sobre o organismo são escassos, os resultados são contraditórios e feitos em cultura de células ou em células recém retiradas do indivíduo para posterior exposição à radiação. Desta maneira, os objetivos deste trabalho foram estabelecer um modelo animal para o estudo do efeito da radiação eletromagnética emitida por aparelhos celulares sobre a fisiologia de ratos e avaliar a ação deste tipo de radiação sobre a expressão e atividade de ERK 1 e ERK 2 e a expressão de isoforma alfa de PKC em hipófise de ratos. Foram utilizados ratos Wistar machos com 60 dias de idade. A fonte de radiação foi um aparelho celular com freqüência de 1800 MHz. Foram estabelecidos 4 grupos experimentais: 1- animais expostos por período de 1h; 2- animais expostos por 3h; 3- animais expostos por 3 dias; 4- animais expostos por 10 dias. Nos experimentos de 3 e 10 dias, a exposição foi de 25 segundos a cada 2 min. Cada grupo experimental foi acompanhado de grupo controle. Foram medidas a capacidade da radiação atravessar os ossos cranianos dos animais de experimentação e a capacidade de aquecer a água sob a calota craniana. Foram avaliados os efeitos da radiação emitida pelo aparelho celular sobre a expressão e atividade de ERK 1 e ERK 2, e a expressão da isoforma alfa de PKC em células da hipófise. A radiação atravessa a calota craniana. A 3 cm de distância ela não impõem qualquer barreira a essa passagem. Não foi observado efeito da radiação sobre a temperatura da água. Após 1 hora de exposição foi observada diminuição significativa na atividade de ERK 1 e ERK 2 dos animais expostos à radiação. Este efeito inibitório se manteve nos experimentos de 3h e 3 dias. Ao décimo dia, a atividade de ERK 1 e ERK 2 do grupo tratado e controle foi semelhante. A expressão de PKC-alfa só foi alterada nos animais expostos a 3 dias de radiação. Os resultados nos permitem concluir que a radiação emitida por telefones móveis, neste modelo, afeta vias de sinalização importantes nas células hipofisárias, o que torna necessário estudos mais detalhados sobre as conseqüências das modificações observadas.