Libertação e diálogo: a articulação entre teologia da libertação e teologia do pluralismo religioso em Leonardo Boff

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Baptista, Paulo Agostinho Nogueira lattes
Orientador(a): Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes
Banca de defesa: Libanio, João Batista lattes, Caliman, Cleto lattes, Oliveira, Pedro Ribeiro de lattes, Gross, Eduardo lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3343
Resumo: O objetivo da tese é demonstrar que, com a introdução do paradigma ecológico, a teologia de Leonardo Boff abre-se à Teologia do Pluralismo Religioso. A pesquisa integrou criticamente, e deu continuidade à investigação realizada no mestrado, que constatou tal mudança paradigmática. Nessa perspectiva, a teologia de L. Boff foi e continua sendo compreendida como uma Teologia Teoantropocósmica. Postula-se, agora, que essa teologia realiza a articulação teológica e praxística entre Teologia da Libertação (TdL) e Teologia do Pluralismo Religioso (TdPR). Antes de 1990/93, apesar de se constatar a abertura dialogal de sua teologia em diversos campos (cristologia cósmica, antropologia, espiritualidade, na visão da trindade e em sua eclesiologia), a centralidade libertadora, suas urgências e mesmo algumas de suas concepções cristológicas, eclesiológicas e antropológicas não permitiram que ela pudesse ser considerada Teologia do Pluralismo Religioso. Como conclusão, defende-se que a teologia de Leonardo Boff, no paradigma ecológico, é uma Teologia Pluralista da Libertação, articulando, portanto, TdL e TdPR. E, dentro dos paradigmas do pluralismo religioso, é categorizada como pluralismo inclusivo teoantropocósmico. Verifica-se também que essa articulação se traduz em práxis: em Diálogo, promotor da Religação, do encontro das religiões, recuperando um cristianismo “universalizável” e postulando o pluralismo de princípio; e em Libertação, através da Dialogação mística, fraterna e ética. Essa dialogação sustenta, fundamenta e promove a ação em seus dois principais desafios: salvaguardar a Terra, em grave crise de sustentabilidade, e garantir a dignidade, a convivência e a paz, lutando pela libertação daqueles que são oprimidos, especialmente os pobres.