O homem como mediação e expressão: a pessoa enquanto Ser-Para (esse ad) na antropologia filosófica de Henrique de Lima Vaz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, José Honorato lattes
Orientador(a): Martins, Antônio Henrique Campolina lattes
Banca de defesa: Araújo, Paulo Afonso de lattes, Carrara, Paulo Sérgio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14098
Resumo: “O que é o homem?”, eis a aporia que marcou as investigações antropológicas, das primeiras tratativas na Grécia clássica à atualidade. Com vistas a lançar luz sobre essa problemática, promover-se-ão reflexões e aprofundamentos a respeito do ser do homem, considerando-o, primordialmente, como uma unidade e uma totalidade. Porém, paradoxalmente, ter-se-á o homem como essência, mas também como existência. Assim, essencialmente e em seu existir, a tarefa de pensá-lo se fixará em sua pessoalidade, significando, desta forma, que ele é uma unidade emanada de uma estrutura e de uma relatividade, ou, em outras palavras, daquilo que se encontra em relação. Ao juntar estrutura e relação, atingir-se-á, como resultado, a realização e, enfim, a pessoa. A pessoa representa, então, a capacidade de lidar com a imediata presença estrutural e, também, com a sua potencialidade relacional, fundamentandose em sua objetividade, intersubjetividade e transcendência. Pela transcendência emergirá a necessidade existencial do sujeito, e este, em sua subjetividade, será capaz de ir além e de transcender, sobretudo, por encontrar-se em relação consigo e com o outro. Nela é que ele, o homem, se mostrará como um ser-para, remetendo-se à capacidade proveniente do poder revelar-se a si mesmo e aos outros, mostrando-se como aquele que, em seu devir, torna-se o que é, dependendo, principalmente, das próprias habilidades. Estas se encontram, essencialmente, ligadas à inteligibilidade e à capacidade de se autoexpressar e, por meio do discurso, mecanismo de expressão, se comunica, tornando-se um dinâmico processo de passagem do dado, objetividade e limitação à expressão, essência e ilimitação. Na passagem, ele é mediação que se manifesta, consolidando a grande e dialética síntese, por meio da qual se fixará, unitariamente, em seu ser, sua essência e sua existência. E é no ser e no existir que o homem, sujeito, transcende, afirmando o que é. No ser e no existir, ele se realiza e, em seu realizar, no ato de existir, tem-se a pessoa e esta, em seu devir, é ser-para. É precisamente este o recorte monográfico que será detectado, analisado, nesta Dissertação de Mestrado, a partir da obra completa de Henrique de Lima Vaz como fonte primária.