Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, William Ferreira
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Orientador(a): |
Laterza, Mateus Camaroti
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Banca de defesa: |
Silva, Lilian Pinto da
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Pereira, Natália Portela
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
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Departamento: |
Faculdade de Fisioterapia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11994
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Resumo: |
Introdução: Em indivíduos normotensos o histórico familiar positivo para hipertensão arterial acarreta em maior chance para o desenvolvimento da doença hipertensiva. Sendo o risco relativo para desenvolvimento da hipertensão arterial de 1,5 e 1,8 quando somente a mãe ou somente o pai são hipertensos, respectivamente. Esse risco aumentado pode ser justificado, pelo menos em parte, pelo prejuízo cardiovascular desses indivíduos, tanto em repouso como durante o exercício físico. Por outro lado, na população em geral, positivas alterações cardiovasculares são observadas no período de recuperação após o exercício físico, como a hipotensão pós-exercício físico. Porém, não é conhecido o efeito da estratificação do histórico familiar entre mãe e pai nessas alterações cardiovasculares pós-exercício físico. Objetivo: Verificar o comportamento cardiovascular de homens normotensos com histórico familiar positivo para hipertensão proveniente da mãe e homens normotensos com histórico familiar positivo para hipertensão proveniente do pai após uma sessão de exercício físico aeróbio. Método: Foi realizado ensaio clínico randomizado, com amostra de 35 homens, com idade entre 18 e 40 anos, sedentários, normotensos, não obesos, ausentes de doença cardiovascular e pulmonar, divididos nos seguintes grupos: Grupo HFm (participantes possuindo mãe com hipertensão arterial, n=14) e Grupo HFp (participante possuindo pai com hipertensão arterial, n=21). Os participantes foram submetidos ao exercício físico aeróbio, em cicloergômetro (Kikos®), por 50 minutos, em intensidade de 50 a 70% da frequência cardíaca de reserva (sessão exercício). E, também, a sessão controle caracterizada pelo mesmo tempo, porém sem a realização do exercício físico (sessão controle). As sessões foram realizadas de foram randômicas. As variáveis pressão arterial, frequência cardíaca (FinometerPro®/Biopac®) e fluxo sanguíneo do antebraço (Pletismografia de Oclusão Venosa - Hokanson®) foram avaliadas e registradas continuamente durante 10 minutos antes e após 30 minutos de cada sessão. A resistência vascular periférica do antebraço foi calculada pela divisão da pressão arterial média pelo fluxo sanguíneo do antebraço. Análise de dois fatores para medidas repetidas foi realizada para testar possíveis diferenças entre as sessões exercício e controle, dentro do mesmo grupo. Foi considerado p≤0,05 como diferença significativa. Resultados: No grupo HFm a pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média, frequência cardíaca e resistência vascular periférica do antebraço não modificaram significativamente no momento pós em relação ao momento pré exercício físico. Porém, a pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média e a resistência vascular periférica do antebraço aumentaram significativamente e a frequência cardíaca reduziu significativamente no momento pós em relação ao momento pré sessão controle. De forma diferente, no grupo HFp a pressão arterial sistólica, pressão arterial média, e resistência vascular periférica do antebraço reduziram significativamente no momento pós em relação ao momento pré exercício físico. A frequência cardíaca aumentou significativamente e a pressão arterial diastólica foi semelhante entre os momentos pós e pré da sessão exercício. Na sessão controle a pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média e a resistência vascular periférica do antebraço aumentaram significativamente e a frequência cardíaca reduziu significativamente no momento pós em relação ao momento pré. Conclusão: O exercício físico não provocou modificações importantes no sistema cardiovascular de homens normotensos, com histórico familiar positivo para hipertensão proveniente da mãe, enquanto aqueles com histórico familiar positivo para hipertensão proveniente do pai apresentaram hipotensão pós-exercício. Esta resposta hipotensora foi parcialmente justificada pela diminuição da resistência vascular periférica do antebraço.Hipertensão. Hereditariedade. Exercício. Hipotensão pós-exercício |