Efeitos de um programa de atividade física não supervisionada baseado em pedômetros e avaliação do nível de atividade física na vida diária em adultos com asma moderada a grave

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Cristina Martins lattes
Orientador(a): Pinheiro, Bruno do Valle lattes
Banca de defesa: Carvalho, Celso Ricardo Fernandes de lattes, Parreira, Verônica Franco lattes, Oliveira, Cristiano Carneiro lattes, Holanda, Marcelo Alcantara lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5440
Resumo: Introdução: A atividade física supervisionada tem demonstrado benefícios para adultos com asma. Entretanto, pouco se sabe sobre a efetividade de programas não supervisionados e sobre o nível de atividade física na vida diária (AFVD) nesta população. Objetivo: Investigar os efeitos de 12 semanas de um programa de atividade física não supervisionada baseado em pedômetros em adultos com asma moderada a grave e avaliar o nível de AFVD de mulheres asmáticas em relação a controles saudáveis. Métodos: Foram realizados dois estudos (Estudo 1 e Estudo 2). Os voluntários do Estudo 1 foram selecionados entre os pacientes acompanhados pelo Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). Foram incluídos adultos entre 18 e 65 anos, com asma moderada a grave, clinicamente estáveis e sedentários. Todos participaram de uma sessão individual de educação em asma e foram encorajados a realizar caminhadas diárias de 30 minutos. Em seguida, foram aleatorizados nos grupos Pedômetro (GP) e Controle. Os voluntários do GP receberam pedômetros e metas incrementais de passos a serem alcançadas diariamente. Os seguintes parâmetros foram avaliados no basal, após 12 semanas de intervenção e 24 a 28 semanas após a aleatorização: passos diários (média dos passos realizados durante seis dias consecutivos mensurados por um pedômetro), teste de caminhada de seis minutos (TC6M), qualidade de vida relacionada à saúde (questionário de qualidade de vida na asma - AQLQ), controle da doença (questionário de controle da asma - ACQ) e níveis de ansiedade e depressão (escala hospitalar de ansiedade e depressão - HADS). No Estudo 2, foram incluídas mulheres entre 18 e 65 anos, com asma moderada a grave, clinicamente estáveis, acompanhadas pelo Serviço de Pneumologia do HU/UFJF (grupo asma - GA) e mulheres saudáveis da mesma faixa etária (grupo controle - GC), atendidas pelo Serviço de Ginecologia do mesmo hospital. Todas realizaram o TC6M e foram avaliadas quanto a AFVD utilizando-se um pedômetro. Além disso, as voluntárias do GA foram avaliadas com relação à qualidade de vida relacionada à saúde (AQLQ), controle da asma (ACQ) e níveis de ansiedade e depressão (HADS) Resultados: No Estudo 1, dos 37 participantes incluídos, 30 completaram o protocolo. Após 12 semanas, houve diferença significativa entre os grupos com relação aos passos diários (diferença média ajustada, 2488 passos; intervalo de confiança [IC] 95%, 803 a 4172; p=0,005) e ao TC6M (diferença média ajustada, 21,9 m; IC 95%, 6,6 a 37,3; p=0,006). Essas diferenças não foram significativas 24 a 28 semanas após a aleatorização. No Estudo 2, foram incluídas 66 voluntárias (36 no GA). Não houve diferença entre GA e GC com relação à AFVD (7490,3 ± 3330,2 vs 6876,4 ± 3242,1 passos respectivamente, p=0,45). No GA, houve correlação significativa entre o domínio limitação às atividades do AQLQ e a AFVD (r=0,43; p<0,01). Conclusão: O programa proposto foi capaz de aumentar os passos diários de adultos com asma moderada a grave. Não foram observadas diferenças entre o nível de AFVD de mulheres com asma e o de mulheres aparentemente saudáveis.