Estratégia de história de vida e recaracterização morfológica Sarasinula linguaeformis (Semper, 1885) (Eupulmonata, Veronicellidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Camilla Aparecida de lattes
Orientador(a): D’ávila, Sthefane lattes
Banca de defesa: Mendonça, Cristiane Lafetá Furtado de lattes, Silva, Lidiane Cristina da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10204
Resumo: Veronicellidae inclui as únicas lesmas nativas no Brasil, ao contrário das outras espécies com ocorrência no território nacional que são introduzidas. Essa família é caracterizada por uma grande diversidade e ampla distribuição. Entretanto, pode ser considerada como um grupo negligenciado, uma vez que o conhecimento sobre aspectos morfológicos, biológicos e ecológicos está restrito a poucos gêneros e espécies. Estes gastrópodes são hermafroditas, mas pouco se sabe sobre o sucesso relativo da autofecundação e a fecundação cruzada dos mesmos. No presente trabalho realizamos um estudo morfológico e morfométrico dos indivíduos, assim como a revisão da distribuição do gênero Sarasinula no Brasil e a observação da estratégia de história de vida. Os resultados revelaram considerável variabilidade morfológica entre indivíduos e uma ampla distribuição do grupo no território brasileiro. Também investigamos os seguintes traços de história de vida: crescimento, tempo até a maturidade sexual, número de ovos por evento reprodutivo, eclodibilidade e mortalidade. As lesmas isoladas apresentaram maiores tamanhos de noto, hiponoto e glândula pediosa do que as lesmas pareadas. Por outro lado, indivíduos pareados atingiram a maturidade mais cedo, com mínimo de 158 dias, enquanto indivíduos isolados atingiram a maturidade com mínimo de 181 dias. Pareados realizaram um maior número de eventos, com 84 eventos reprodutivos, produzindo em média 57 ovos / evento. Enquanto os isolados realizam apenas 12 eventos reprodutivos, produzindo 17 ovos / evento. Nossos resultados evidenciaram que a autofecundação não é uma estratégia reprodutiva bem-sucedida em S. linguaeformis e que, essa espécie, na presença de coespecíficos investe energia em reprodução enquanto na ausência de coespecíficos investe no crescimento.