Igreja e rua, dois espaços a mesma fé. Sacralização do espaço na festa de Corpus Christi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Elza Aparecida de lattes
Orientador(a): Portella, Rodrigo lattes
Banca de defesa: Pereira, Mabel Salgado lattes, Camurça, Marcelo Ayres lattes, Mariz, Cecília Loreto lattes, Silveira, Émerson José Sena da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/767
Resumo: Esta dissertação busca compreender os sentidos da festa de Corpus Christi na contemporaneidade, assim como verificar sua relação com o espaço e com o religioso. O cerne do trabalho é a análise desta solenidade considerando o seu caráter lúdico, artístico, performático e efêmero. Corpus Christi é uma festa móvel da Igreja Católica datada do século XIII que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia, sendo o único dia do ano que o “Santíssimo Sacramento” sai em procissão pelas ruas. O recorte etnográfico ao qual me limito é o estudo desta solenidade na paróquia N. Srª da Piedade, em Magé, no Estado do Rio de Janeiro, buscando verificar as motivações e os significados atribuídos a esta arte por seus produtores. Tendo em vista que tradicionalmente os tapetes são confeccionados no universo da rua, um dos principais objetivos da pesquisa tem sido analisar essa dicotomia entre sagrado e profano, contudo não como categorias antagônicas e insociáveis, mas passíveis de interlocução e de diálogo. Outro aspecto analisado incide sobre o processo da confecção dos tapetes, a fim de melhor compreender a ação simbólica de desenhar imagens religiosas, mesmo que temporárias, no chão não usual – o da rua. Concomitante a essas possibilidades de análise, também serão abordadas a noção de festa e sua caracterização de efervescência coletiva, que é capaz de renovar pactos e reforçar a comunhão. Todas essas categorias -as quais são passíveis de analises – seja na procissão, seja na confecção do tapete, são o que promovem à solenidade sua configuração ímpar.