Prosody, semantic parallelism and pragmatic context in the processing of gapping sentences
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00104 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13864 |
Resumo: | Esta tese investigou o processamento linguístico de sentenças com elipse lacunar (gapping) no Português Brasileiro (PB) e no Inglês Americano (IE). Esse tipo de elipse é um processo sintático opcional que consiste em elidir o verbo principal – e outros constituintes, quando possível – da segunda oração de uma estrutura coordenada (SAG, 1980; CARLSON, 2002). Nesta pesquisa, exploramos no PB sentenças gapping com ambiguidade estrutural temporária do DP que inicia a segunda oração, como em (1) Alice assou bolos para suas amigas e Camila para sua prima; e no PB e no IE, sentenças com ambiguidade global do DP que inicia a segunda oração, como em (2) O Pedro levou a Júlia na festa e o Bruno no churrasco da empresa (Peter took Julia to the party and Brian to the company barbecue). No exemplo (1), a ambiguidade estrutural do DP Camila ocorre por este não poder ser coordenado como objeto direto do verbo assar, o qual exige que nomes inanimados ocupem essa posição. Dessa forma, o DP Camila deve ser interpretado como sujeito de uma nova oração (Camila assou bolos) para evitar a anomalia semântica/pragmática da sentença. Por outro lado, no exemplo (2), o DP Bruno/Brian pode ser interpretado como o sujeito de uma nova oração (interpretação de elipse gapping) ou como o objeto direto do verbo (interpretação de coordenada de objetos). Evidências experimentais de trabalhos anteriores (CARLSON, 2002, 2005; HOEKS et al., 2002, 2006, 2009; SILVA et al., 2018) revelam que há uma preferência pela interpretação de sentenças com coordenação de objetos, devido ao viés da simplicidade estrutural, o qual está alinhado com o Princípio de Aposição Mínima (FRAZIER, 1979, 1987), e a presença de uma estrutura de tópicos complexa (HOEKS et al., 2002, 2006), isto é, com dois sujeitos sintáticos na sentença. A presente tese adotou uma abordagem em Psicolinguística Experimental (LEITÃO, 2008) e conduziu experimentos dos tipos off-line e on-line com sentenças gapping escritas e orais. As sentenças experimentais foram manipuladas em relação aos seguintes fatores: pistas prosódicas, características semânticas entre argumentos das duas orações, contextos prévios com viés pragmático e pistas visuais. A pesquisa objetivou avaliar o papel desses diferentes fatores no processamento e na escolha da interpretação final das sentenças gapping. Os resultados indicam que a interpretação com elipse gapping é a mais preferida no PB e no IE quando as pistas prosódicas, semânticas e pragmáticas convergem para a interpretação de sujeito do nome ambíguo da segunda oração. Portanto, concluímos que as informações linguísticas e não linguísticas são relevantes para licenciar uma análise sintática com a elipse gapping de sentenças coordenadas ambíguas tanto no PB quanto no IE.Ciências Biológicas: Imunologia/Genética |