Resumo: |
Objetivo: avaliar os efeitos da implementação de um programa de educação em higienização das mãos e a adesão a essa prática entre os profissionais de uma unidade de terapia intensiva (UTI). Métodos: este estudo quase-experimental com séries temporais interrompidas foi conduzido ao longo de 12 meses: cinco meses antes do programa de educação (período basal), dois meses durante a fase intensiva do programa (período de intervenção) e cinco meses durante a fase de manutenção do programa (período pós-intervenção). A avaliação da adesão às práticas de higienização das mãos foi feita por um dos pesquisadores, sem conhecimento da equipe da UTI. O desfecho primário foi a variação da taxa de adesão à higienização das mãos. Duração da ventilação mecânica, incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e mortalidade em 28 e 60 dias também foram avaliadas. Resultados: Com base em 959 observações, encontrou-se aumento nas taxas de adesão à higienização das mãos: de 31,5% no período basal para 65,8% durante os dois meses de intervenção e 83,8% nos cinco meses pós-intervenção, representando uma razão de prevalência 2,09 e 2,66 maior que o período basal, respectivamente (p<0,001, modelo de regressão de Poisson). Apesar desse aumento, não houve diferenças significativas em relação à incidência de PAV, duração da ventilação mecânica e mortalidade em 28 e 60 dias. Conclusões: O programa de educação em higienização das mãos aumentou a adesão a esse procedimento durante o período de monitorização, sem alterar as taxas de PAV, a duração da ventilação mecânica e a mortalidade. |
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