Química no ensino fundamental: concepções docentes sobre o currículo de ciências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Medeiros, Vitor Iotte lattes
Orientador(a): Lopes, José Guilherme da Silva lattes
Banca de defesa: Falcomer, Viviane Aparecida da Silva lattes, Afonso, Andréia Francisco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10017
Resumo: O presente trabalho se propõe a investigar as concepções de professores de ciências, que lecionam no ensino fundamental, sobre os conceitos de química no currículo nesta etapa de escolarização, buscando identificar quais são, na visão desses docentes, as contribuições do conhecimento químico. Para isso, utilizamos como recurso de coleta de dados um questionário visando um mapeamento do perfil profissional e as concepções de currículo desses professores, e posteriormente, utilizamos entrevistas semiestruturadas. Os dados foram interpretados a partir da Análise de Conteúdo. Nossos resultados apresentaram que os professores são majoritariamente biólogos; que compreendem a relevância do conhecimento químico, porém indicam ter dificuldades metodológicas para implementar o ensino de conceitos químicos no ensino de ciências. Outro fator limitante é a estrutura curricular fragmentada e disciplinar na qual os conteúdos biológicos ocupam praticamente todo o currículo de ciências, mesmo não sendo essa organização indicada pelas orientações curriculares, como eram os Parâmetros Curriculares Nacionais e mais recentemente a Base Nacional Comum Curricular. Percebemos também que as concepções de currículo dos professores vão na direção do que discutem os estudiosos da área, entretanto, o discurso não se reflete na prática docente, pois organizam seus currículos com características de fragmentação e disciplinarização com ausência de integração curricular entre as áreas de conhecimento das ciências. Acreditamos que este trabalho apresenta uma discussão relevante sobre a formação de professores de ciências e pode contribuir para fomentar ações de formação continuada e elaboração de políticas públicas para que os professores em exercício profissional possam superar os desafios e limitações da formação possibilitando um ensino que contemple os conteúdos de química, física, biologia e geologia de forma integrada contribuindo para a formação cidadã do aluno.