Tradução para a língua portuguesa, adaptação cultural e análise das propriedades de medidas da escala de fadiga de Manchester para uso em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vieira, Gláucia Cópio lattes
Orientador(a): José, Anderson lattes
Banca de defesa: Oliveira, Cristino Carneiro lattes, Dal Corso, Simone lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00183
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14543
Resumo: Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela obstrução crônica do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A fadiga é um dos principais sintomas relatados por indivíduos com DPOC na execução de atividades que exigem esforço físico. Entretanto, ainda não existem instrumentos específicos, traduzidos e validados para a avaliação da fadiga na população brasileira com DPOC. A escala de fadiga de Manchester para DPOC (EFMD) pode vir a suprimir esta lacuna. Objetivos: Realizar a tradução para a língua portuguesa no Brasil, a adaptação transcultural e analisar as propriedades de medidas da EFMD. Materiais e métodos: estudo transversal realizado em duas fases: (1) Tradução e adaptação transcultural da escala e (2) Avaliação das propriedades de medidas. A Fase 1 do estudo, após o consentimento do pesquisador detentor dos direitos da EFMD, envolveu a tradução e adaptação transcultural. Na Fase 2 foi realizada a validação por meio da análise das propriedades de medida. A fadiga foi avaliada por meio da EFMD e da Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Fatigue Scale (FACIT-F), a função pulmonar foi avaliada por meio da espirometria; a dispneia mensurada pela Escala de dispneia do Medical Research Council modificada; os impactos da doença na vida diária avaliado pelo questionário COPD Assessment Test; a tolerância ao esforço mensurada pelo teste do degrau de seis minutos (TD6). As análises psicométricas incluíram consistência interna, confiabilidade reprodutibilidade, validades concorrente, convergente, discriminante e interpretabilidade. Resultados: Foram avaliados 130 participantes com diagnóstico de DPOC, sendo 30 na fase 1 e 100 na fase 2 (69,9 ± 8,9 anos, 60% mulheres). O instrumento apresentou uma consistência interna adequada (alfa de Cronbach = 0,97), os coeficientes de teste-reteste (Coeficiente de Correlação Intraclasse- CCI) foram altos (CCI de 0,88 a 0,97), correlações significantes foram observadas para validade concorrente com o CAT (r = 0,80) e com FACIT-F (r = -0,87) e validade convergente com o MRCm (r = 0,74), a correlação com o TD6 foi baixa (r = -0,37). A EFMD foi eficaz em discriminar grupos com sensação de dispneia diferentes (p<0,0001 ). O erro padrão da medida foi de 0,81 e a mínima diferença detectável foi de 2,48. Não houve efeito piso e teto. Conclusões: A EFMD traduzida e adaptada transculturalmente para a população brasileira é um instrumento confiável e válido para avaliação da fadiga em indivíduos com DPOC no Brasil.