A dinâmica da escravidão urbana em Minas Gerais do século XIX: cotidiano, senhores e alforrias, Juiz de Fora 1831 – 1888

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batista, Caio da Silva lattes
Orientador(a): Oliveira, Mônica Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Castro, Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de lattes, Mauaze , Mariana de Aguiar Ferreira lattes, Freire, Jonis lattes, Schettini, Vitória Fernanda lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11673
Resumo: O presente estudo busca analisar a dinâmica da escravidão urbana no Sudeste brasileiro do século XIX. Para alcançar esse objetivo foi escolhida a cidade mineira de Juiz de Fora. Esta localidade foi o principal entreposto comercial e de escravos da Zona da Mata de Minas Gerais e carece de estudos sobre esta temática. Assim, esse trabalho busca introduzir o debate sobre a “escravidão urbana” no interior mineiro oitocentista. Para não reduzir a análise à região por ela mesma realizei a comparação com outras localidades do Sudeste brasileiro bem como de outras cidades do Brasil e das Américas. Por meio desta metodologia foi possível detectar os pontos em comum e divergentes da cidade de Juiz de Fora com outras regiões. Ao analisar a “dinâmica” do escravismo urbano esse trabalho buscou compreender o cotidiano dos cativos, as estratégias desenvolvidas por esses indivíduos para conseguirem “concessões” senhoriais e alcançarem a liberdade, a importância da mão de obra escrava para a economia urbana de Juiz de Fora e os atos de resistência desenvolvidos por esses indivíduos. Também foi inserida a esse estudo a análise do perfil dos senhores de escravos juiz-foranos e a questão da “precarização” da liberdade, ou seja, os riscos de reescravização que vaziam parte do mundo dos libertos. Para o desenvolvimento dessa pesquisa utilizei de uma documentação extensa. Nesse sentido, foram analisados listas nominativas, o jornal O Pharol, leis diversas, processos criminais, ações de liberdade, registros de alforrias, plantas cadastrais, censos, inventários e testamentos. Toda essa documentação fez com que fosse possível compreender a dinâmica da escravidão urbana na cidade de Juiz de Fora durante o século XIX. Essa cronologia foi escolhida por representar o período de consolidação e expansão da cafeicultura em Juiz de Fora. Esta atividade foi essencial para a economia desta localidade. Graças aos recursos gerados pelo café essa cidade conseguiu diversificar sua economia e se tornar o principal centro urbano da Zona da Mata Mineira. Porém, esta pesquisa não visa esgotar o tema “escravidão urbana em Juiz de Fora”. Pelo contrário, busca inserir esse debate na produção historiográfica sobre o tema e auxiliar no desenvolvimento de trabalhos para outras regiões da Mata mineira e do interior do sudeste escravista cafeeiro.