Avaliação de diferentes tratamentos de superfície na resistência à flexão biaxial e nas características microestruturais e topográficas de uma cerâmica feldspática reforçada por leucita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Freitas, Larissa Costa lattes
Orientador(a): Leite, Fabíola Pessôa Pereira lattes
Banca de defesa: Reis, Larissa de Oliveira lattes, Santos, Gustavo Oliveira dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16133
Resumo: Este trabalho almejou avaliar a influência do tratamento de superfície na resistência à flexão biaxial, rugosidade, microestrutura e composição de cerâmicas vítreas. Foram obtidos 54 discos cerâmicos (diâmetro: 12 mm; espessura: 1,2 mm) a partir de blocos CAD/CAM feldspática reforçada por leucita (IPS Empress Cad Cerec, Ivoclar Vivadent). Os discos divididos em três grupos (n=18), de acordo com o tratamento de superfície: ácido hidrofluorídrico 5% 20 s e silano (HF20); ácido hidrofluorídrico 5% 60 s e silano (HF60); e primer cerâmico autocondicionante (P). Para análises de rugosidade em perfilômetro óptico digital, microscopia e análise química (energia dispersiva de raios X – EDS) em microscópio eletrônico de varredura, análise do ângulo de contato em goniômetro e dureza knoop em microdurômetro foram utilizadas três amostras de cada grupo. As demais 15 foram cimentadas em disco de resina epóxi (diâmetro: 12 mm; espessura: 2,3 mm), material análogo à dentina com cimento resinoso dual, e submetidas à fadiga mecânica (1,2 x 106 ciclos, 50N, 3,8 Hz) e ao teste de flexão biaxial (1 mm/min; 1.000 Kgf). Os dados da resistência à flexão biaxial (MPa) e à rugosidade (μm) foram submetidos a análise de variância (ANOVA) um fator e teste de Tukey (5%). Para HF20, o resultado foi estatisticamente superior ao HF60 (p < 0,001); P se mostrou similar aos demais. O Weibull indicou que o tratamento de maior confiabilidade foi o P. Com relação ao tempo de condicionamento, verificou-se que o tempo de 60 s aumentou significativamente o valor médio de rugosidade superficial (p < 0,001), em comparação ao de 20 s. As micrografias de superfície indicaram uma alteração maior nos grupos HF em comparação aos grupos P. No EDS, notou-se que o percentual de sílica foi elevado. As microscopias obtidas nos grupos HF evidenciaram o aumento de dissolução da matriz vítrea e a exposição dos demais conteúdos. Já para o grupo P, observa-se uma homogeneidade de superfície maior. Em avaliação de dureza knoop (HK), o maior valor obtido foi para o grupo P. Para a análise do ângulo de contato (º) o menor grau encontrado foi para o grupo HF60. Conclui-se que o tipo de tratamento de superfície interfere na rugosidade e na resistência da cerâmica reforçada com leucita quando diferentes tempos de condicionamento com HF são utilizados. Assim, o primer cerâmico autocondicionante pode ser uma alternativa satisfatória de condicionamento para a cerâmicas vítrea estudada, pois promoveu alterações topográficas favoráveis sem a necessidade de ácido HF.