De Ariano Suassuna a Guel Arraes: intertextualidade e transposição do literário ao fílmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lisboa, Adriana Kelly Furtado lattes
Orientador(a): Oliveira, Maria de Lourdes Abreu de lattes
Banca de defesa: Silva, Maria Andréia de Paula lattes, Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6572
Resumo: Baseando-se nos estudos da intertextualidade a partir da concepção de Julia Kristeva, bem como nos conceitos de práticas intertextuais propostos por Afonso Romano de Sant’Anna e Gérard Genette, e, considerando, ainda, a pesquisa de Yannick Mouren sobre a tipologia das transposições de um livro ao filme, a presente pesquisa lança um olhar sobre a peça Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, escrita em 1955 e publicada em 1957, com o objetivo de entender os processos de recriação ou releitura utilizados pelo autor na construção do texto escrito. Essa análise prolonga-se, sobretudo, em relação ao enredo e à criação das personagens.Também procura-se perfazer os caminhos que culminaram nas três montagens fílmicas do Auto. A primeira versão, intitulada A Compadecida, é datada de 1969, sob a direção de George Jonas. A segunda é de 1987 e recebeu o título de Os Trapalhões no Auto da Compadecida com a direção de Roberto Farias. A última versão chegou ao cinema em 2000 sob o título de O Auto da Compadecida, dirigida por Guel Arraes. Tomando-se como ponto de partida o hipotexto literário de Suassuna, far-se-á uma análise dos hipertextos cinematográficos no tocante às diferenças e semelhanças apresentadas. Propõe-se, ainda, um olhar sobre a cena final da peça, e em sua releitura apresentada pelo último filme, dirigido por Guel Arraes e lançado em 2000, em que o maravilhoso evidencia-se através do confronto entre celestes e demônios no julgamento dos humanos no desfecho da história escrita e evolui para o fantástico-maravilhoso no contexto do filme.