Políticas culturais, esferas públicas e cultura digital: um estudo do fora do eixo e da Mídia NINJA
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00159 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17548 |
Resumo: | A partir da investigação sobre as articulações dos coletivos culturais midiáticos: o Fora do Eixo e a Mídia NINJA, no contexto de criação, implementação e desmonte de políticas culturais progressistas do Ministério da Cultura durante os dois primeiros governos petistas (2003-2011), da Era da Informação e do Capitalismo Cognitivo, e da ampliação de acesso à Internet no Brasil, são mobilizados conceitos da Cultura Digital na promoção do midiativismo enquanto ação política contranarrativa, com a atuação de cidadãos culturais pela disputa narrativa nas esferas públicas subalternas e seletiva, e a institucionalização de procedimentos e mecanismos democráticos capazes de dar vazão às demandas da sociedade civil e às iniciativas cidadãs. A metodologia deste trabalho conta com a pesquisa netnográfica dos materiais disponibilizados na Internet através de blogs, redes sociais e páginas institucionais, tanto pelos coletivos culturais midiáticos quanto pelo Estado e pela mídia hegemônica; além da revisão bibliográfica sobre a Rede FdE e a Mídia NINJA, buscando conexões entre as áreas das Ciências Sociais e da Comunicação. O objetivo é o de compreender um recorte dos processos políticos no desenvolvimento da produção cultural contemporânea no Brasil, adentrando o debate sobre essa produção também no espaço cibernético a partir das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), possibilitando novas formas de ações coletivas em redes. Este trabalho destoa de teorias da contemporaneidade por verificar que tais agentes não disputam apenas o debate público de ideias nas ruas e nas redes digitais, recursos orçamentários e diretrizes da gestão pública, e nem só pelo objetivo final da garantia de direitos constiticionais, mas também pleiteiam cadeiras nos espaços legítimos de deliberação institucional, com o propósito da manutenção do diálogo aberto entre os representantes do povo e a comunidade eleitora. A atuação política de novos movimentos sociais busca a mobilização social nos “encaixes” institucionais do Estado, apoiando candidaturas na disputa por cargos, para assim, então, fazer parte na construção cotidiana da República brasileira. Concluímos que - como idealizou Célio Turino na política pública “Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – Cultura Viva” e os ex ministros da Cultura, Gilberto Gil e Juca Ferreira - tal abordagem de ampliação do Estado e do “sentido antropológico” de Cultura pôde propiciar um contexto para experiências de empoderamento, autonomia e protagonismo social à sociedade civil, considerada a atuação de tais coletivos culturais midiáticos. |